A propósito do mês dedicado ao cinema queer, o realizador português João Pedro Rodrigues, responsável por títulos como O Fantasma, Odete ou Morrer como um Homem, foi convidado a responder a 5 breves perguntas para O Sétimo Continente. Muito obrigado ao autor pela sua colaboração. As mesmas perguntas serão respondidas para a semana por João Rui Guerra da Mata, co-realizador ao lado de João Pedro Rodrigues das curtas-metragens China, China e da recente Alvorada Vermelha (ler aqui).
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1. Entendes como redutora a designação de realizador de cinema “gay” ou LGBT?
Eu não me considero nem uma coisa nem outra, faço filmes que, normalmente, têm personagens gays, é tudo. Vejo-me como realizador de cinema, ponto. Aliás, acho que a maioria do cinema, so called gay, LGBT ou queer (so many names...) é muito pouco interessante, para não dizer mau...
2. Os festivais de cinema LGBT são um importante veículo para levar o teu cinema a públicos pelo mundo fora?
Como os outros festivais, aqueles não LGBT, que escolhem passar os meus filmes. Devo ainda acrescentar que os meus filmes passam maioritariamente em festivais não-LGBT (como lhes vou chamar? Normais? Generalistas? Internacionais? Como vês, temos aqui outra vez um problema de nomenclatura...)
3. Por que razão é tão reduzida a representação de sexualidades não-normativas no cinema português?
Não faço ideia... ou será porque Portugal é um país ainda um bocado atrasado?
4. O que sentes ao ver O Fantasma em listagens de títulos fundamentais da história desta cinematografia?
Também aparece em listagens de títulos fundamentais do cinema em geral... mas, para responder à tua pergunta, talvez porque é um filme sincero na forma e no tema, e essa sinceridade talvez tenha tocado algumas pessoas... e deixado outras de lado.
5. Qual o filme mais interessante que descobriste num festival de cinema LGBT?
Não me lembro de nenhum.
Se me permites, há aqui algo que tenho de citar no meu blog. Abraço.
ResponderEliminarForça.
ResponderEliminarUm abraço.