Buon giorno, Principessa!
1 euro e meio (!!) no Jumbo que me fez deslumbrar uma redefinição da beleza da vida. "A Vida é Bela", escrita, realizada e protagonizada por Roberto Benigni (Pinocchio, 2002, 8/10), traz-nos uma soberba e encantadora história de amor e esperança que não faz ninguém ficar indiferente. Em três palavras; vejam este filme. Não, digo-o a sério. É uma autêntica obra-prima da sétima arte. E porquê? Basta ver os primeiros quinze minutos para perceber a razão por que esta película italiana é excelente; os diálogos produzidos de forma fabulosa por uma personagem memorável, Guido; um romance que evolui de forma progressiva, carismática, divertida e adorável; uma banda-sonora de ficar no ouvido, e muito mais. A vertente dramática que o filme toma na sua segunda metade, com os campos de concentração, está bastante boa também, a magia da relação entre pai e filho que permanece até o seu trágico fim é simplesmente fantástica, apesar de uma inocência sentimentalista estar, por vezes, exageradamente ressaltada. Sobre a realização, um pouco simples demais, apesar de nenhum plano ou sequência se destacar no que toca um ponto de vista técnico, consegue captar o essencial de uma Itália sob o domínio fascista. É, portanto, o argumento e a interpretação de Roberto Benigni que tornam, por excelência, este filme um para a vida inteira, merecedora, com certeza, de todos os prémios recebidos até agora. Nota final: 9,5