Setembro também é sinónimo do retomar da programação na Cinemateca Portuguesa.
Com um portal online novo, sóbrio e apelativo, a Cinemateca regressará às cinco sessões diárias, seis ao sábado.
Em destaque encontra-se um ciclo dedicado ao trabalho de Pedro Hestnes (que faleceu, no passado 20 de Junho, com 49 anos de idade) no cinema português. Intitulando o ciclo de “Pedro Hestnes – ‘Faça de mim o que quiser’” (pedindo emprestada a primeira frase de O Sangue, de Pedro Costa), a Cinemateca observa que “quando se observa a sua filmografia, e embora haja naturalmente excepções, percebe-se a que ponto ele foi sobretudo um actor para os “novos”, para a geração, ou para as gerações, dos “filhos do cinema novo” (à falta de melhor designação que ainda não há): de Jorge Silva Melo, João Botelho ou Margarida Gil a Pedro Costa, Manuel Mozos ou Luís Alvarães.”
Ao mesmo tempo, o destaque irá para o realizador tailandês Apichatpong Weerasethakul e que, em colaboração com a Midas Filmes, exibirá as suas seis longas-metragens, incluindo a vencedora da Palma de Ouro em 2010, “O Tio Boonmee que se Lembra das suas Vidas Anteriores” (em cima).
O museu do cinema recordará ainda o trabalho em cinema do actor nova-iorquino Peter Falk (1927-2011), dará carta-branca a “Jean-Pierre Rehm, programador, director do FidMarseille desde 2001”, e homenegeará o distribuidor Gérard Castello-Lopes (1925-2011). Segundo podemos ler no site, as “nove sessões desta homenagem dão a ver alguns dos “filmes da vida” de Gérard Castello-Lopes, títulos por onde passou a sua experiência no cinema e o seu retrato por Fernando Lopes. No Espaço 39 Degraus, acompanhando a retrospectiva, estará patente uma exposição dedicada a Gérard Castello-Lopes.”
Em antestreia, a Cinemateca exibirá “Silêncio de Dois Sons”, curta de Rita Figueiredo e “Os Famosos e os Duendes da Morte”, de Esmir Filho, a ser exibido com “Voodoo”, do português Sandro Aguilar (“A Zona”).
E ainda uma novidade: “Histórias do Cinema é uma nova rubrica de programação explicitamente concebida e anunciada como um binómio: dum lado, um investigador de cinema – historiador, crítico, ensaísta, podendo também tratar-se de realizador ou técnico, por exemplo; de outro, um autor ou um tema histórico abordado pelo primeiro. Ao longo de cinco tardes e em torno de cinco filmes (ou em cinco sessões, com número variável de obras projectadas), o investigador discorrerá e conversará sobre o tema, numa sequência de encontros que são antes de mais pensados como experiência cumulativa. (…) Para abrir a rubrica, Bernard Eisenschitz apresentará cinco programas dedicados a Chaplin.”
A programação completa aqui.
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