Embrace, 1982
Robert Mapplethorpe é hoje citado como um dos grandes nomes da fotografia do século XX, e que encontrou o expoente da sua carreira durante os anos 80. Atravessando uma vida pessoal conturbada e mantendo uma amizade próxima e íntima com Patti Smith (no ano passado, a cantora publicou o livro de memórias Apenas Miúdos, onde lembra a relação de ambos), Mapplethorpe navegou entre a comunidade artística norte-americana (fotografando Andy Warhol, Richard Gere, Grace Jones ou Philip Glass) e o universo dos homossexuais sadomasoquistas.
Fotografando a preto e branco de uma forma rigorosa e estilizada que revive uma tradição que podemos chamar clássica, o seu trabalho, não poucas vezes controverso, explora, fundamentalmente, o corpo masculino na sua integridade física, como se o esculpisse diante da objectiva da câmara fotográfica. Efectivamente, foi o próprio artista que disse: “Se tivesse nascido um ou dois séculos atrás eu teria sido um escultor, mas a fotografia é um modo muito rápido de ver, de esculpir”.
A figura misteriosa de Robert Mapplethorpe (que acabou por morrer vítima de SIDA, em 1989) ficará para a posterioridade eternizada no seu trabalho, onde chegou a realizar, para além dos nus, dos retratos e de trabalhos com flores, auto-retratos onde exibia uma curiosa androginia, problematizando a noção de género e identidade sexual.
No dia 27 de Maio de 1988 (7 meses antes de falecer), foi criada a Robert Mapplethorpe Foundation, que preserva hoje o seu trabalho e que apoia a investigação científica do vírus do HIV.
A Robert Mapplethorpe Fountation tem um portal online e pode ser consultada aqui.
Gosto muito dos retratos de flores de Mapplethorpe. Super expressivos.
ResponderEliminarO Falcão Maltês
Concordo António, e de uma rigidez perfeita.
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