domingo, maio 15, 2011

IndieLisboa [10]: A vitória de Losier


Foi, há pouco, divulgado o palmarés da edição de 2011 do IndieLisboa. «The Ballad of Genesis and Lady Jaye» (Marie Losier) foi, surpreendente e inesperadamente, o filme a levar o Grande Prémio do festival de cinema. O documentário norte-americano atípico, ainda que desinteressante e com resultado francamente desapontante (como aqui pude comprovar), foi, assim, mais longe que longas-metragens em competição como «Attenberg» ou «La BM du Seigneur» (que foi galardoado com uma menção honrosa). Quanto ao panorama do cinema português, «Linha Vermelha», filme de José Filipe Costa, foi a longa-metragem vencedora, enquanto «Alvorada Vermelha», de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra Mata, levou o prémio de melhor curta portuguesa. «Cleveland vs Wall Street» (Jean-Stéphane Bron) foi, para o público, a melhor longa em competição.

No último dia do festival (hoje, dia 15), às 16:30, poderemos visualizar as curtas-metragens premiadas na sala 3 do Cinema São Jorge; às 17:00 poderemos ver o filme premiado pelo público na sala 1 do mesmo local; e às 21:30 a longa portuguesa premiada. Lembro que «Kaboom», de Gregg Araki, será pela primeira vez projectado às 19:15, encerrando o IndieLisboa.

Segue a lista completa dos premiados:

Longas-metragens:

  1. Grande prémio — “The Ballad of Genesis and Lady Jaye”, de Marie Losier (EUA)
  2. Menção honrosa – “La BM du Seigneur”, de Jean-François Hue (França)
  3. Melhor longa portuguesa – “Linha Vermelha”, de José Filipe Costa
  4. Prémio de distribuição – “Morgen”, de Marian Crisan (Roménia/França/Hungria)

Curtas-metragens:

  1. Grande prémio – “The Story of Elfranko Wessels”, de Erik Moskowitz e Armanda Trager (EUA/Canadá)
  2. Menção honrosa – “Diane Wellington”, de Arnaud des Pallières (França), “La Forêt”, de Lionel Rupp (Suiça), e “The Painting Sellers”, de Juho Kuosmanen (Finlândia)
  3. Melhor curta portuguesa – “Alvorada Vermelha”, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
  4. Melhor realizador de curta portuguesa – Gabriel Abrantes e Benjamin Crotty, por “Liberdade”, e Marco Martins e Filipa César, por “Insert”

IndieJunior:

  1. Melhor filme – “My Good Enemy”, de Oliver Ussing (Dinamarca)
  2. Menção honrosa – “Les Mains en l'air”, de Romain Goupil , e “Cul de Bouteille”, de Jean-Claude Rozec (ambos França)

Prémios do público:

  1. Longa-metragem – “Cleveland vs Wall Street”, de Jean-Stéphane Bron (Suiça/França)
  2. Curta-metragem – “Paris Shanghai”, de Thomas Cailley (França)
  3. IndieJunior – “Things You'd Better Not Mix Up”, de Joost Lieuwma (Holanda)

Prémio RTP Pulsar do Mundo: “I'll Forget This Day”, de Alina Rudnitskaya (Rússia)
Prémio SIGNIS: “La Ilusión te Queda”, de Márcio Laranjeira e Francisco Lezama (Portugal/Argentina)
Prémio Amnistia Internacional: “Cleveland vs Wall Street”
Prémio TAP: “O Que Há de Novo no Amor?”, de Mónica Santana Baptista, Hugo Martins, Tiago Nunes, Hugo Alves, Rui Santos e Patrícia Raposo, e “Eden”, de Daniel Blaufuks (ambos Portugal)

4 comentários:

  1. Não entendo a vitória do filme sobre o Genesis P-Orridge (por fascinante que seja a figura e marcante a sua obra). Mas ao menos já deu para rir da falta de cultura de algum jornalismo lusitano quando, ontem, na rádio, se ouvia alguém a anunciar algo que poderia sugerir que o filme fosse sobre os Genesis... E não é bem a mesma coisa... De todo!

    ResponderEliminar
  2. Também não entendo. Não achei o filme nada de especial ou que trouxesse algo de novo para o festival e para o cinema.

    ResponderEliminar
  3. Tendo em conta o palmarés do festival, a ficção anda pelas ruas da amargura. Quando até os noticiários que nos invadem a casa estão repletos de ficção, as pessoas parecem cada vez mais sedentas de realidade. No entanto, os prémios valem o que valem e muitas das vezes não valem (para) nada. Não vi o filme vencedor, mas o vencedor por parte do público, cinematograficamente falando, não ficaria pior numa televisão. O ecrã de cinema pareceu-me demasiado grande para tão pequeno filme. Julgo que no pequeno ecrã de um televisor, o filme ganharia uma maior dimensão.

    ResponderEliminar
  4. Concordo com as tuas palavras, ainda que não tenha vista o filme vencedor por parte do público (ainda).

    Abraço e aparece mais vezes por aqui.

    ResponderEliminar