O que será que o homem mais procura – liberdade, amor, compreensão, conhecimento? Quais os seus mais intensos e íntimos desejos? A isto o filósofo russo tenta tudo responder, fugindo da sépia superficial das ambições intersubjectivas e viajando, com um stalker (que aqui ganha a força de humanizado guia divino), um escritor e um cientista, à profundidade, colorida e vital, do subconsciente e condição humanos. É tudo e até o nada: sem sombra para hesitações, uma assombrosa obra-prima, um clássico de monumental e intemporal importância de necessária vivência e reflexão, uma experiência que, tocando nos predilectos temas já nossos conhecidos de Tarkovsky, se metaforiza numa alegoria universal e platónica, lembrando a caminhada, solitária e onírica, para a Verdade que apenas a Zona poderá dar. Formalmente perfeito e belíssimo, este será, provavelmente, um dos mais relevantes filmes alguma vez criados – um místico e transcendente tratado sobre cada uma das almas que erram, perdidas, pelo universo.
10/10
Também foi o primeiro de Tarkovsky que vi.
ResponderEliminarE eu também :)
ResponderEliminarCurioso que tens dois posts seguidinhos com imagens dos meus filmes preferidos ;)
João, Álvaro e Neuroticon - o meu não foi, claramente, mas entenderei se este vos marca duplamente (por ser uma obra-prima e por ter sido a primeira a ser vista de Tarkovsky). Neuroticon, falas do 2001?
ResponderEliminarAbraços
Sim Flávio :)
ResponderEliminarEste falta-me. É daqueles que acredito que possa pôr ligeiramente em causa precisamente o 2001 como "o mais relevante de sempre" para mim, mas precisaria de estar num mood especial para o ver.
ResponderEliminarNeuroticon, é um belo filme.
ResponderEliminarCarlos, vê porque tenho a certeza que vais achá-lo perfeito, ou pelo menos perto disso. Prefiro-o ao 2001, mas esse, ainda, o estou a digerir, após tanto tempo de o ver... de qualquer das formas, categorias são isso mesmo, categorias. Pouco ou nada significam. Espero que o vejas em breve :)
Abraços