Quando vemos que milhares de jovens e duas centenas e meia de jornalistas insistem em permanecer acampados em Trafalgar Square perto de uma passadeira vermelha, na capital inglesa, mesmo sob a chuva própria de Londres, confirmamos a certeza de que estamos perante um fenómeno que é, ao mesmo tempo, mediático e fanático.
Harry Potter dispensa, por isso, apresentações – e a própria promoção do último filme demonstra, curiosamente, que basta a anunciação (simbólica, mais que apocalíptica) de que “tudo acaba” para que o público saiba sobre o que é que está defronte de si: o fim de um ícone cultural que, para além de ser seu contemporâneo, é fabricado e alienante.
As proporções das aventuras deste feiticeiro inexistente estendem-se, inevitavelmente, à internet (o IMDb preparou um especial no seu portal; o Youtube transmite a cobertura ao vivo, entre as 16 e as 19 horas, da apresentação do filme e promove a utilização das redes sociais - Twitter, Facebook, MySpace ou os próprios blogues - para que se fale do evento), indispensável para mover as atenções na era virtual da globalização – que, por sua vez, está longe de terminar.
“Harry Potter e os Talismãs da Morte: Parte 2” [trailer] estreia em Portugal no dia 14 de Julho e, no dia seguinte, nos Estados Unidos da América.
Tantos exageros que só tornam ainda mais mediática a estreia e leva a mais exageros. Para mim, que gosto de ver os filmes mas sem ser um fervoroso seguidor, é quando um dia calhar de ver. Ainda nem calhou de ver a 1ª parte sequer... pfff!
ResponderEliminarPara mim, filmes de eleição. A única saga que me viu crescer. Cresci a ler e a ver Harry Potter. Vai doer este fim...
ResponderEliminarAbraço
Frank and Hall's Stuff
Acho que a anunciação assinalada tem um efeito de marketing que não deixa ninguém indiferente, sejam admiradores ou detractores da saga.
ResponderEliminarO "tudo acaba" é como um pedaço de frase deixado no limbo e que cabe a quem olha/lê completar:
Finalmente "tudo acaba".
"Tudo acaba", infelizmente.
Assim se promove para quem já quer ver e para quem não quer ver, espicaçando a futura troca de argumentos contra e a favor.