A segunda incursão de Duncan Jones no universo da ficção científica não deixa de confirmar a surpresa que causou com Moon, solidificando, com este seu novo Source Code, o território que construiu numa Hollywood e EUA mergulhados em crise financeira, medo e esperança de um futuro com mais segurança.
Código Base leva, à memória do espectador, o imaginário de Eric Bress e de J. Mackye Gruber (Butterfly Effect), tomando como matéria-prima o caos determinístico e as realidades paralelas. Ao contrário da dupla de realizadores argumentistas, exalta-se aqui uma distintiva contenção narrativa: a constante repetição de uma situação-base – uma viagem de comboio – serve de mote para seguirmos, com genuíno interesse (como assim obriga a lógica do blockbuster), a evolução da consciência do soldado, encarada por Jake Gyllenhaal. «Projectada» para o corpo de um dos passageiros, acompanhamo-la, grosso modo, na missão de descobrir, a partir de uma coordenada espácio-temporal fornecida após um atentado bombista, o autor do crime. Para além de explorar as consequências das divisas e acções humanas, Jones acaba por querer tratar a forma de estar para a vida, isto é, a forma de encará-la e de a experimentar.
Apesar de não aprofundar devidamente este tema (também ele reutilizado), a sua mensagem anti-terrorista (que se concilia com uma qualquer denúncia da acção militar norte-americana), e todas as problemáticas que invariavelmente acaba por colocar, muito à semelhança de outras obras do género, e apesar de errar em percorrer a vias do romance algo inverosímil (ou talvez, por parte do protagonista, desesperado), o filho de Bowie eleva, para a produção, o minimalismo de que já se referiu, em elenco e em décors, preparando-se, dessa maneira, para fazer avançar, com mais maturidade e ambição características, uma linha de trabalho que só a ele lhe pertence.
Código Base leva, à memória do espectador, o imaginário de Eric Bress e de J. Mackye Gruber (Butterfly Effect), tomando como matéria-prima o caos determinístico e as realidades paralelas. Ao contrário da dupla de realizadores argumentistas, exalta-se aqui uma distintiva contenção narrativa: a constante repetição de uma situação-base – uma viagem de comboio – serve de mote para seguirmos, com genuíno interesse (como assim obriga a lógica do blockbuster), a evolução da consciência do soldado, encarada por Jake Gyllenhaal. «Projectada» para o corpo de um dos passageiros, acompanhamo-la, grosso modo, na missão de descobrir, a partir de uma coordenada espácio-temporal fornecida após um atentado bombista, o autor do crime. Para além de explorar as consequências das divisas e acções humanas, Jones acaba por querer tratar a forma de estar para a vida, isto é, a forma de encará-la e de a experimentar.
Apesar de não aprofundar devidamente este tema (também ele reutilizado), a sua mensagem anti-terrorista (que se concilia com uma qualquer denúncia da acção militar norte-americana), e todas as problemáticas que invariavelmente acaba por colocar, muito à semelhança de outras obras do género, e apesar de errar em percorrer a vias do romance algo inverosímil (ou talvez, por parte do protagonista, desesperado), o filho de Bowie eleva, para a produção, o minimalismo de que já se referiu, em elenco e em décors, preparando-se, dessa maneira, para fazer avançar, com mais maturidade e ambição características, uma linha de trabalho que só a ele lhe pertence.
Esperemos que sim.
ResponderEliminarAbraço
Frank and Hall's Stuff