Absolutamente surpreendente. Uma gema da ficção científica e do cinema independente que não contava ser tão poderoso. O primeiro e ambiciosíssimo filme de Duncan Jones deixa suspensa, mais ou menos, e mais mais do que menos, uma sensação rara, daqueles que fiquei com pouquíssimos filmes. Não excluindo dos pontos fortes do argumento temáticas que são abordadas subtilmente como as fronteiras da ciência e da tecnologia no futuro, o que verdadeiramente campeia neste pequeno grande filme é a forma deliciosa e audaciosa como, tragicamente, somos confrontados com o vazio e a nulidade da existência do nosso protagonista, interpretado por um magnífico, versátil e crível Sam Rockwell. E a relação entre GERTY e Sam, apesar de toda a plasticidade que poderíamos, num julgamento apressado e injusto, exaltar, torna “Moon” uma das mais humanas fitas do ano. Influenciado de forma clara pelo “2001” kubrickiano (e, até mesmo, “The Island”, de Michael Bay?), aliado a uma narrativa inteligente e quase provocatória, a ambiência que nos proporciona Clint Manssel, eternizado pelas composições musicais de “Requiem for a Dream” e “The Fountain”, traduz-se numa inesquecível viagem à lua em noventa minutos, pautada por uma belíssima fotografia e direcção artística. Em suma: a ver e a rever, com urgência, para todos aqueles que gostam de cinema em pleno.
9/10
Ambicioso é mesmo a palavra certa. Gostei bastante do filme. Já estava à espera de um filme bom mas não tão bom.
ResponderEliminarE adorei a interpretação de Rockwell. Quanto a mim, merece ser elogiada e re-elogiada (se é que tal palavra existe)
Abraço
Ainda não tive oportunidade de ver, mas as expectarivas estão aos píncaros.
ResponderEliminarVou deitar-lhe a mão brevemente.
ResponderEliminarEstou algo receoso mesmo assim. Parece-me ser demasiado parado e algo filósifico demais...
Abraço
é sem dúvida um grande filme, e ainda mais uma ficção científica profunda, carismática e filosófica
ResponderEliminarHmmm... Fifeco. Agora Flávio. Acho que me bastam, as recomendações ;)
ResponderEliminarCumps.
Roberto Simões
CINEROAD – A Estrada do Cinema
O filme está fantástico, deu um novo significado à ficção-científica - tornou-a mais humana.
ResponderEliminarAbraço
http://nekascw.blogspot.com/
Fifeco,
ResponderEliminarconcordo contigo. Penso que a Academia não deve esquecer-se dele (o que será algo difícil, tendo em conta a selecção realizada nos precedentes anos...)
Tiago Ramos,
vê, vais adorar! Depois partilha connosco a opinião ;)
Jackie Brown,
filosófico? Talvez provoque alguma reflexão. Parado? Não. Não é ;) (quando ao teu pedido por e-mail, desculpa ainda não ter pronto aquilo... em breve terás o cenas :P)
Pedro,
completamente. Ficção científica em profundidade.
Roberto,
ficamos, então, à espera da tua opinião.
Nekas,
disseste tudo e penso que melhor não diria.
Abraços a todos!