sábado, abril 26, 2008

[REC]

O marketing deste filme foi tão bem elaborado (à semelhança daquilo que se fez com "Wolf Creek", há uns tempos) que uma pessoa, no minuto em que entra no cinema já está programada a sair de lá com a ideia de que viu um filme bastante bom, um dos melhores do género que ultimamente têm estreado nas salas de cinema. Eu fui vê-lo mais convencido por isso - e pelo trailer - do que propriamente por saber quem é o realizador (Jaume Balagueró, de quem ainda quero ver "Frágiles") ou a história. Será "[REC]" tão bom como afirmam...?


E é precisamente pelo trailer que começo esta crítica. Tenho de o aplaudir pois, contrariamente a muitos trailers (como este, de "Then She Found Me", que revela praticamente toda a intriga do filme), consegue atrair a atenção de quem vê sem revelar muito da trama. Confesso que, não tendo pesquisado muito sobre o filme - nem tendo visto fotos -, pelo visionamento do trailer não consegui perceber que me esperava um filme de zombies. Algo notável, sem dúvida...
Somos logo apresentados aos protagonistas deste filme, Angela e Pablo, que estão a fazer uma reportagem para o programa "Enquanto Dormem" - nome que, aliás, faz com que certa personagem pergunte, em tom de brincadeira, quem é que o vê - sobre a vida de bombeiros. Ao constatar a pasmaceira que é, normalmente, a vida de um bombeiro, Angela confessa, a certa altura, que adorava que recebessem uma chamada e que acontecesse alguma coisa em grande para que eles pudessem filmar como são eles em acção. Escusado será dizer que, pouco depois, enquanto ela aproveita para conviver num jogo de basquetebol com um grupo de bombeiros, recebem uma chamada de uma mulher presa no seu apartamento e ela parte para o local juntamente com eles - e é este o mote do filme, uma chamada numa noite aparentemente normal que despoleta uma série de eventos que, não fosse este um filme de terror, serão fatais às personagens. O resto da história, à parte de uma observação que farei mais à frente, fica para vocês.



Algo que joga a favor do filme é, como devem imaginar, a forma como foi filmado - contendo apenas alguns cortes justificados pela história, acompanhamos os eventos com a nossa jornalista (que tem, no início, alguns momentos que façam com que simpatizemos consigo), os bombeiros e os vizinhos da mulher em "tempo real", como se estivéssemos ali, algo que não seria tão eficaz caso tivesse sido filmado de forma mais convencional. E se isso é positivo na maioria das vezes, não deixa de ser chato quando a câmara avaria ou deixa de filmar numa cena mais intensa.



A história em si é bastante simples e podia resumi-la em poucas linhas. O filme "copia" a mesma explicação para o aparecimento do vírus que aquela que presenciámos no "Dawn Of The Dead" (9/10) mas, não se contentando com isso, resolve ainda, lá para o final, adicionar uma cena totalmente descabida - que é aquela em que Angela e o companheiro descobrem que uma das possíveis causas do vírus terá sido a possessão de uma rapariga, que estava, por sinal, trancada no sotão do complexo de apartamentos. É essa a única explicação que tenho para essa cena - ou isso ou uma desculpa barata para prolongar a projecção e gerar o - excelente - confronto final, que é uma das cenas mais eficazes do filme.



No fim, "[REC]" é um filme de terror banal que deve grande parte do seu mérito à forma como foi filmado, que provoca uma imersão bastante grande no espectador. Tendo tempo ainda para nos provocar alguns sorrisos e chamar à atenção para o racismo que ainda existe na Península Ibérica - reparem na forma como as personagens culpam a família chinesa, por ter um dos membros doentes, como sendo a causadora do vírus -, serve também para destruir quaisquer preconceitos que tenhamos em relação ao cinema espanhol. Se não, reparem no trailer de "Quarantine", o remake, e digam-me se não se vê, só por aí, que este é superior. Essa imersão foi ainda acentuada pelo facto de eu ter vivido esta experiência cinematográfica totalmente sozinho numa sala de cinema... só por isso, "[REC]" vai-me ficar na memória como um dos filmes de terror a conseguir assustar genuinamente. Aconselho, sem dúvida... não esperem algo de revolucionário, contudo.

quinta-feira, abril 24, 2008

"Ensaio sobre a Lucidez", José Saramago

Continuação da história apresentada no excelente "Ensaio Sobre a Cegueira", "Ensaio Sobre a Lucidez" procura agora explorar novos detalhes da história, bem como outras personagens. Mas... terá ele mantido o brilhantismo do anterior?

Quatro anos se passaram desde o surto de cegueira branca que assolou o país e que fez com que a sua população ficasse, durante semanas, invisual. As pessoas, não tendo encontrado uma explicação para o facto insólito, fizeram como que um pacto de silêncio não formalizado – como vemos na página 175, “Tem razão, pacto em sentido formal não houve, interveio o primeiro-ministro, mas todos pensámos, sem que para isso tivesse sido necessário pôr-nos de acordo e escrevê-lo num papel, que a terrível provação por que havíamos passado deveria, para a saúde do nosso espírito, ser considerada como um pesadelo abominável” – acerca do assunto e continuaram com as suas vidas.
Assolada por um temporal em pleno dia de eleições, a capital vê as suas urnas quase vazias até a meio do dia, quando o tempo começa a melhorar. Contados os votos, a esmagadora maioria – 70% – está em branco e, por isso, convocam-se novas eleições, cujos resultados – ainda mais catastróficos – levam a que o governo lhe declare Estado de Sítio.
A primeira parte do livro é centrada no Ministério em poder, nas suas tácticas e estratégias por si utilizadas face à nova “cegueira”, que desta vez tem a forma de votos brancos. A segunda parte centra-se nas consequências provocadas por uma carta enviada ao governo por um dos protagonistas da prequela.

Contrariamente ao que acontecia com Ensaio Sobre a Cegueira, aqui não encontramos nenhuma personagem que, desde os primeiros desenvolvimentos da narrativa, se perfile como principal. Em vez disso, a obra oferece-nos um enredo que se divide, como já mencionado, em duas partes.
A primeira, referente aos dez capítulos iniciais, essencialmente interessada em mostrar-nos o lado dos políticos, a quem dá o destaque de personagens principais. A segunda, protagonizada por um comissário, um inspector e um agente de segunda classe, e que nos mostra a investigação por eles realizada – após o governo ter recebido uma carta escrita por um dos protagonistas do livro anterior, o primeiro cego, que apontava a mulher do médico como eventual suspeita do surto de votos brancos que assolou as últimas eleições na capital, pelo facto de, há quatro anos, não ter cegado – com o objectivo de averiguar as causas da elevada taxa de votos em branco.
Alguns acontecimentos são protagonizados por uma outra personagem, o presidente da câmara municipal, através de cujos olhos presenciamos o momento da explosão da bomba no metro.

Se, no Ensaio Sobre a Cegueira, existia um enredo que, acompanhando a árdua jornada de um grupo de cegos liderado pela única pessoa a não cegar, nos mostrava a mutação a que o Homem se submetia, a sua perda de identidade, de humanidade, que o levavam a cometer actos de profunda crueldade e barbaridade, mas também de solidariedade e camaradagem, aqui encontramos uma nova intriga e novas reflexões acerca da condição humana.
Nos capítulos dedicados aos políticos, o tema que, na generalidade, os caracteriza, é a corrupção. Corrupção política – através dos discursos preparados para os ministros – e corrupção dos valores – que leva os ministros a cometer decisões hediondas, como a implantação da bomba no metro que resulta em dezenas de vítimas, para ludibriar o país.

Nos capítulos protagonizados pelo presidente da câmara, somos sobretudo levados a reflectir sobre a forma como agimos em relação aos que se encontram à nossa volta, como neste excerto: «É interessante como levamos todos os dias da vida a despedir-nos, dizendo e ouvindo dizer até amanhã e, fatalmente, em um desses dias, o que foi o último para alguém, ou já não está aquele a quem o dissemos, ou já não estamos nós que o tínhamos dito».
Já aqueles em que a acção se centra no comissário e seus subordinados, os temas são a ética – que leva o comissário a recusar-se a criar provas que incriminem, de alguma forma, a mulher do médico – e, novamente, a corrupção – quando o ministro do interior, servindo-se do seu cargo superior em relação ao comissário, procura a todo o custo provar a culpabilidade de um inocente.
Concluindo, os temas que predominam neste livro são a corrupção, a ética e os valores humanos. No primeiro, chocavam-nos as descrições terrivelmente realistas dos actos cometidos pelas personagens, bem como dos ambientes, cada vez mais degradados, que as rodeavam; aqui, choca-nos a frieza com que um ministro ordena a implantação de um dispositivo que causará a morte de dezenas de cidadãos e, horas depois, atribui a culpa aos supostos inimigos, os cabecilhas dos brancosos, ou a forma como um homem denuncia uma mulher – por um crime que ela nem cometera –, a quem, anos antes, devera a sobrevivência.

Mas será “Ensaio Sobre a Lucidez” uma sequela no verdadeiro sentido da palavra? As possíveis respostas a esta questão são várias e, claro, dependentes de cada leitor.
Alguns dirão que não, dado que nos primeiros dez capítulos não encontramos mais que menções – na maior parte das vezes, vagas – aos acontecimentos narrados em Ensaio Sobre a Cegueira e que, por esse motivo, boa parte do livro tem poucas relações – evidentes – com o enredo do anterior.
Outros, contudo, responderão que sim, que o livro é uma continuação pois, apesar de na primeira dezena de capítulos a acção não continuar seguindo as mesmas personagens da prequela, a verdade é que estas voltam e que, mesmo sob a forma de personagens secundárias, têm, a certa altura, um grande impacto nos acontecimentos, como de resto nos é anunciado pelo narrador – «Se esta discussão não tivesse acontecido, se o manifesto presidencial e os papéis volantes tivessem, por desnecessários, terminado no livro a sua breve vida, a história que estamos a contar seria, daqui para diante, bastante diferente». Além disso, a sua ausência é compensada pelos interrogatórios, que nos proporcionam informações sobre o que se passou com elas ao longo dos quatro anos que se passaram, bem como sobre o presente.
Assim, podemos concluir que Ensaio Sobre a Lucidez, apesar de centrar a acção noutras personagens, não negligencia as que protagonizaram o romance antecedente, nem tampouco o seu enredo; dá-lhes, aliás, continuação.

Falando agora da escrita, nesta obra encontramos características que tornam as criações de Saramago algo, pode dizer-se, singular.
Com isto falo, claro, das frases – por vezes, excessivamente – longas, que negligenciam regularmente as regras de pontuação; as reflexões acerca da condição humana e do Homem, muitas vezes conotadas com um certo sarcasmo também típico de Saramago; os diálogos cujas falas se apresentam intercaladas por vírgulas, violando, por isso, o sistema que predomina na maioria dos romances.
De notar que esta última característica, o facto de as falas das personagens estarem separadas por uma simples vírgula, é decisiva para a construção dos diálogos, que desta forma beneficiam de uma maior fluidez, como vemos no seguinte exemplo: «Olho para si e não lhe vejo cara de assassina, Não sou uma assassina, Matou um homem, Não era um homem, senhor comissário, era um percevejo».

Os motivos que me levaram a gostar bastante deste livro prendem-se, sobretudo, à escrita do autor – que, ao contrário de muitos, é um valioso suporte à narrativa –, às reflexões acerca do ser, do Homem, à história em si, que nos mostra uma capital abandonada pelos governantes, um Ministério reinado por corruptos e um grupo de personagens de convicções fortes por quem acabamos por torcer, mais cedo ou mais tarde.
Apesar disso, não posso deixar de apontar dois aspectos negativos. O primeiro relaciona-se com o facto de não nos ser dada nenhuma explicação para as causas da cegueira branca do anterior, nem acerca dos votos em branco. O segundo, que impede que Ensaio Sobre a Lucidez ascenda ao brilhantismo de Ensaio Sobre a Cegueira, é o facto de, como grande parte do livro é centrada em políticos e nas reuniões entre si e de, depois, sermos apresentados a outros protagonistas – personagens completamente novas à história –, o livro não provoca no leitor o mesmo envolvimento com a história e as personagens, algo que era atingido com mestria no anterior.
É, contudo, um óptimo livro, que em muito supera as leituras a que as massas comodamente se habituam e que, pessoalmente, recomendaria a todos os que gostaram do Ensaio Sobre a Cegueira.

segunda-feira, abril 14, 2008

Hostel

Neste post, farei uma crítica a um filme que revi este fim-de-semana e que foi bastante falado aquando da sua saída, Hostel.
Hostel estreou nos E.U.A. em 2005 e aqui em Portugal em Abril de 2006 – precisamente quando eu o vi pela primeira vez. Antes da sua estreia por terras americanas, o filme causou grande impacto nos festivais em que foi exibido, tendo levado alguns críticos a afirmar que se tratava do filme mais assustador de sempre e que era extremamente violento (existem relatos até de pessoas que não aguentaram até ao fim do filme). Criou-se, então, um enorme hype à volta do filme e todos estavam ansiosos por vê-lo. Será que aquilo que diziam era verdade? Continuem e a ler e descobrirão…

A trama do filme começa por nos apresentar às três personagens principais, dois americanos (Paxton e Josh) e um islandês (Oli), que se encontram em Amsterdão, o penúltimo destino da viagem pela Europa. Apesar de tencionarem ir para Espanha em seguida, um habitante local indica-lhes um sítio onde eles podem satisfazer todas as suas fantasias sexuais, um albergue situado em Bratislava, na Eslováquia. Persuadidos por aquilo que ele lhes dissera e pelas fotografias das mulheres que poderiam lá encontrar, os três partem para Bratislava. Lá, encontram duas mulheres (Natalya e Svetlana) com quem começam a criar uma afinidade, não sabendo o terror que os aguarda.
A primeira parte do filme ocupa-se de desenvolver as personagens, apesar de o fazer apenas superficialmente. Um deles é viciado em sexo e, aos oito anos, viu uma rapariga afogar-se, outro intitula-se como o “rei do swing” e a nossa personagem principal é o mais recatado do trio e o mais responsável. De início, devo dizer que as personagens não criam grande empatia com o espectador mas isso vai mudando à medida que a história desenvolve. A segunda parte do filme muda drasticamente de tom e mergulha as personagens principais num terror que nunca poderiam prever, apresentando-nos um lugar onde cada um pode matar, torturar e satisfazer as suas fantasias mais selvagens por um preço. Como podem imaginar, o destino do trio não é nada admirador.

O ponto central da história é mesmo esse lugar e a forma como as coisas funcionam por lá – e isto é, segundo o realizador Eli Roth, baseado em factos reais. Encontramos então um grupo de vilões ricos de várias nacionalidades dispostos a tratar as suas vítimas de forma digamos… não muito agradável. As cenas de tortura variam de intensidade – aquela em que cortam os tendões do calcanhar a uma personagem é a melhor e a mais perturbante de todas. Quanto ao gore, é em grande quantidade e capaz de fazer alguns desviar os olhos em algumas cenas.

Hostel é um filme com boa fotografia, que ajuda no desenvolvimento da trama (reparem como os lugares passam de cores vivas e alegres a cores mais cinzentas, a meio do filme, e, depois, ao preto e vermelho), bem realizado (a primeira cena de tortura podia ter ficado um pouco melhor) e com actores que conseguem cumprir muito bem a sua função de gritar e retratar a dor e o sofrimento que experimentam, além de alguns momentos mais dramáticos (Derek Richardson e Jay Hernandez destacam-se, bem como Jennifer Lim, que protagoniza uma das cenas mais tocantes do filme, perto do final) mas com um senão – não assusta. Sim, existe muito sangue e membros por todo o cenário mas isso não chega para assustar – apesar de chocar o espectador com isso. O que faltou a Hostel foi suspense. Porém, funciona muito bem como um thriller com contornos de terror. Ah, e fez-me querer visitar a República Checa…

sexta-feira, abril 11, 2008

:U2 3D (2007) - Crítica

Sendo os U2 uma banda que aprecio bastante e tendo em conta que nunca tive a oportunidade de vê-los ao vivo em concerto, esta experiência não podia passar-me ao lado, de nenhum modo! Denote-se também que nunca antes vi um filme em 3D, pelo que, aquando a minha ida ao NorteShopping, pude ter uma oportunidade única na minha vida. Juntando tudo, posso dizer que tinha todos os elementos necessários para que a minha curiosidade e entusiasmo estivessem suficientemente aguçados! Mal recebi os meus óculos que me possibilitavam ver o concerto filmado com uma tecnologia digital “inovadora” e “nunca antes utilizados”, senti que estava pronto para receber boa música. Sabia já, com a previsão realizada pela Sandra, que nas músicas tocadas por Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr. incluir-se-iam “Vertigo”, que abriu o filme (recebida com muitos aplausos por minha parte), “Beautiful Day”, e “Sometimes You Can’t Make it On Your Own” (a minha preferida) e, como adivinhei, ouvi com entusiasmo à balada “One”, que por todos nós nos é conhecida.

Como já disse, “U2 3D” começou com “Vertigo”, o que foi uma óptima escolha e deu perfeitamente para reconhecer toda os efeitos digitais que podiam impressionar o espectador. Na primeira meia hora fiquei bastante surpreendido com a tecnologia mas, quando me habituei, pude concentrar-me mais nas músicas que foram tocadas e devo dizer que achei algumas um pouco irritantes e foram desnecessariamente colocadas como, por exemplo “The Fly” ou “Pride”… não sei é mesmo por não apreciar maioriotariamente tanto as versões “live” às do estúdio ou se, realmente, estavam fracamente tocadas, porque a única coisa que me vinha aos pensamentos era que mal podia esperar pela próxima música.Gostei da “Love and Peace or Else” e a “Sunday Bloody Sunday”, apesar de não inspirar tanta força e sentimento como a original, fez-me recordar o meu ano passado, com alguma nostalgia. Retomando, as outras melodias não me atraem e podiam ser facilmente substituidas com êxitos como “Elevation” ou “City Of Blinding Lights”, que são agradáveis e fazem-me vibrar!

Ainda assim, e apesar disto e alguns planos que podiam ser cortados, agradou-me todo o espectáculo, pesar de não ser apologista de ter em cartaz concertos musicais. Para isso, na minha opinião, criavam-se espaços próprios, não misturando com filmes de ficção e documentários (sublinho também o sentido da palavra “documentário”, género que surge, do nada, no IMDB) para quem não queria ou podia ver a banda preferida ao vivo. A recta final foi bastante boa, com a passagem da declaração universal dos direitos do Homem, e com as palavras a sairem do grande ecrã.

Passei, no final de tudo e fazendo o balanço, um óptimo serão ao lado dos meus melhores amigos, apesar de algumas performances pudessem estar melhor, algumas músicas pudessem ser substituidas, e alguns planos pudessem ser reconsiderados. Repito: apesar de ter gostado de “U2 3D”, nada de concertos nas salas de cinema!

Nota: 8/10