Se há algo que o iraniano Abbas Kiarostami gosta de filmar e sabe perfeitamente como o fazer é captar a simplicidade do quotidiano e os dramas mundanos, pequenos mas fulcrais na progressão do ser humano enquanto entidade própria no contexto em que vive. Em Khane-ye doust kodjast?, acompanhamos um rapazito pobre cuja missão de devolver o caderno do amigo que possibilita a realização dos trabalhos de casa e que ficou com este por engano se transforma numa epopeia feliz que recheia a sua substância, motivada, por um lado, pela convicção moral de salvar o colega da expulsão ameaçada pelo professor, e, por outro, pela culpa do engano ocorrido. O ponto em comum entre ambas as motivações é a existência de uma autoridade superior, do contínuo cumprimento da ordem e da lei, formal, como é o caso da escolástica e do governo, e informal, como se trata da família. Muito embora o seu papel seja reforçado por um diálogo aqui e ali sobre o domínio intemporal dos adultos, ou os mais fortes, sobre as crianças, ou os mais fracos, preparando-os para um futuro com as similitudes do presente, convém salientar a crítica ao poder da ameaça, do despejo e do castigo sobre as acções humanas. Ainda assim, este é um interessantíssimo filme para que as crianças vejam, curto e moralizador, feliz e encantador, humanista na sua essência, belo e verdadeiro em toda a sua singeleza.
Grande filme sem dúvida. E é tão simples fazer bom cinema, não faz nenhuma falta a pirotecnia de Hollywood nem os enredos novelísticos.
ResponderEliminarIsto sim é cinema!
Disse há uns tempos no Cine Resort que o veria naquela semana e acabei por nunca ver. Continuo muito curioso.
ResponderEliminaro pessoal da minha turma q/ participou na minha curta já me tinham dito que vocês nos tinham elogiado e agradeço desde já. Vamos a ver se para o ano se deixa o "curriculum" dos participantes de lado... (não qeu eu ache que a minha tenha sido melhor que qualquer uma, mas na minha opinião houve curtas bastante boas que nem menção honrosa tiveram)
ResponderEliminarNão ganhei nada a não ser a (anunciada) pen dos 4Gb que só tinha 2 xD Recebi foi em filosofia, no concurso fotocomtexto, um vale da fnac, de primeiro prémio, que já não é mau de todo! ^^
Claro está que, em relação à minha curta, também recebi críticas construtivas (e também destrutivas) mas as construtivas foram as únicas que guardei :)
Gostei da tua escrita e penso que vou gostar do filme. Embora tu digas que esse filme deve ser visto pelas crianças, eu sempre achei que os adultos deviam ver os "filmes de criança" a fim de se lembrarem que todos nós temos uma criança dentro de nós.
ResponderEliminarAbraço
Cinema as my World
Concordo contigo, Álvaro, em absoluto.
ResponderEliminarCarlos, dá-lhe uma oportunidade. Vais adorar.
Tiago, pois, eu compreendo. Muitoss parabéns pelo prémio, sabia que ias ganhar :) Guarda sempre as críticas construtivas.
Bruno, claro, foi por isso que vi com 18 :P É um filme obrigatório para todas as idades.
Abraços
haha obrigado, a noite a americana é a cara do meu blog porque foi o melhor filme que vi em maio, o melhor filme que vir este mês passa ele a ser o rosto.
ResponderEliminarEu só falo dos filmes que costumo ver, e para alem da critica do Bruno ainda tenho a do Barco do Rock, Stranger than Paradise e Kids, e nenhum me agradou de todo.
Mas tenho planeados para ver filmes que me vão agradar de certeza (Citizen Kane, Hora do Lobo, Platform, This is Spinal Tab, Even Dwarfs Started Small...)
haha obrigado, a noite a americana é a cara do meu blog porque foi o melhor filme que vi em maio, o melhor filme que vir este mês passa ele a ser o rosto.
ResponderEliminarEu só falo dos filmes que costumo ver, e para alem da critica do Bruno ainda tenho a do Barco do Rock, Stranger than Paradise e Kids, e nenhum me agradou de todo.
Mas tenho planeados para ver filmes que me vão agradar de certeza (Citizen Kane, Hora do Lobo, Platform, This is Spinal Tab, Even Dwarfs Started Small...)