Podia ser apenas uma brincadeira de Photoshop mas não é: o cartaz português (em cima) divulgado da longa-metragem “Nos Idos de Março” (título original: The Ides of March), escrita, realizada e interpretada por George Clooney, substitui, da versão original, uma capa da revista Time por uma da… Sábado! Entendemos o motivo (razoável) de tratamento dramatúrgico para demonstrar o carácter globalizante da política norte-americana e entendemos até mesmo a estratégica promocional de, em cada país em que a obra é lançada, aproximar o público a um referente que lhe seja conhecido. Mas questionamos: não será a Time um nome suficientemente reconhecível, forte e credível para o motivo que vemos diante de nós? E qual terá sido o critério utilizado para a preferência da Sábado (e não sejamos ingénuos a comparar o conteúdo e importância da revista portuguesa e o da norte-americana)? De qualquer das formas, fiquemos com a substituição com que nos presenteia o português: em vez do destaque da Time (Is This Man Our Next President?) ficamos com a anulação da tentativa de uma qualquer ilusão narrativa do universo do filme (Nesta edição: Filme: Nos Idos de Março). A menos que “Nos Idos de Março” fosse sobre um filme chamado “Nos Idos de Março” (e não é), o cartaz português não consegue esconder uma promoção que tudo tem de perverso e de desnecessário.
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quarta-feira, outubro 12, 2011
quarta-feira, agosto 31, 2011
Caça ao leão veneziano começou ontem
Começou ontem a 68.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que perdura até o dia 10 de Setembro, que abriu com a longa-metragem escrita e realizado por George Clooney, The Ides of March, que o crítico de cinema e editor do Ípsilon Vasco Câmara considerou, no blogue onde acompanha os desenvolvimentos do festival, "evidente, mas liso como um poster".
A mostra de 2011 conta este ano com dois filmes portugueses (que estão incluídos na secção "Horizontes", presidida pelo vencedor da Palma de Ouro na penúltima edição do Festival de Cannes, Apichatpong Weerasethakul): Cisne, longa-metragem de Teresa Villaverde, e Palácios de Pena, "curta" de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt.
A competir pelo Leão de Ouro, encontram-se os 23 filmes: “The Ides of March”, de George Clooney (filme de abertura, EUA), “Tinker, Tailor, Soldier, Spy”, de Tomas Alfredson (Reino Unido), “Wuthering Heights”, de Andrea Arnold (Reino Unido), “Texas Killing Fields”, de Ami Canaan Mann (EUA), “Quando La Notte”, de Cristina Comencini (Itália), “Terraferma”, de Emanuele Crialese (Itália), “A Dangerous Method”, de David Cronenberg (Alemanha e Canadá), “4:44 Last Day on Earth”, de Abel Ferrara (EUA), “Killer Joe”, de William Friedkin (EUA), “Un Été Brulant”, de Philippe Garrel (França), “Taojie (A Simple Life)”, de Ann Hui (China), “Hahithalfut (The Exchange)”, de Eran Kolirin (Israel), “Alpeis (Alps)”, de Yorgos Lanthimos (Grécia), “Shame”, de Steve McQueen (Reino Unido), “L'Ultimo Terrestre”, de Gian Alfonso Pacinotti (Itália), “Carnage”, de Roman Polanski (França), “Poulet Aux Prunes”, de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud (França), “Faust”, de Aleksander Sokurov (Rússia), “Dark Horse”, de Todd Solondz (EUA), “Himizu”, de Sion Sono (Japão), e “Seediq Bale”, de Te-Sheng Wei (China).
Fora de competição destacam-se as estreias de Steven Soderbergh, com "Contagion", Madonna com "W.E.", e Al Pacino com o auto-retrato "Wilde Salome". Relativamente aos documentários, um dos mais esperados é sem dúvida "Tharir 2011" (o título diz tudo), de Tamer Ezzat, Ahmad Abdalla, Ayten Amin e Amr Salama.
O presidente do júri é o vencedor do Leão de Ouro de 2008 (The Wrestler), Darren Aronofsky.
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