tag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post1964871826688160504..comments2023-06-04T22:16:08.681+01:00Comments on O Sétimo Continente: Pró / Contra - Festivais de Cinema QueerFlávio Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/16900484261665114616noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-61381413385380505562011-09-16T14:08:13.974+01:002011-09-16T14:08:13.974+01:00Como eu também fui dos que mencionou um festival d...Como eu também fui dos que mencionou um festival de terror quero só salientar que apenas queria dividir os festivais de cinema naqueles que são sobre um género (motelx, monstra, etc) e outros sobre uma temática (queer, cinema francês, etc).<br /><br />E não o fiz com intuito negativo, apenas para realçar que são coisas diferentes, mas na minha opinião, todas com o seu valor.<br /><br />De resto não há nada como ir aos festivais para comprovar. Não estou a dizer que é o caso das pessoas que aqui discutiram, mas há muitos que criticam determinado festival e nunca lá foram. Não há nada como conhecer as coisas primeiro.Loothttps://www.blogger.com/profile/12918435979566716252noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-48009746502095251562011-09-16T10:02:04.525+01:002011-09-16T10:02:04.525+01:001. Nunca afirmei que “queer” é um género como “ter...1. Nunca afirmei que “queer” é um género como “terror”. Queer (temática) é um rótulo, um filtro como “terror” (género). Daí o carácter impositivo de ambos. E se um género já é intrínseco ao cinema porque não uma temática, um estilo ou um tipo de narrativo?<br /><br />2. Vou repetir porque este erro é recorrente: <b>o termo LGBT (conjunto de sexualidades não-normativas) não tem contornos políticos (ou “politiquices ou críticas à sociedade ou exaltações do que quer que seja”)</b>. O activismo LGBT sim, evidentemente. Mas não é disso que falamos. É do cinema que decorre da representação dessas sexualidades. E a representação varia tal e qual o próprio cinema. Poderá ser eventualmente político, uma mera ficção, um exercício experimental, enfim, absolutamente qualquer coisa que não passe necessariamente pela exaltação de uma sexualidade (muito raramente o faz e seria absurdo se o fizesse…)<br /><br />3. Qualquer festival de cinema dedica-se essencialmente à divulgação. E lá podemos encontrar cinema tão bom como mau. Na sua esmagadora maioria, dirigem-se a nichos de mercado muito específicos e, caso não fosse a sua existência, circulam até nós filmes que, posteriormente, podem chegar a ter exibição comercial. É esse o poder e a importância de um festival.<br /><br />Acabo por fim por vos desafiar a passarem por um festival de cinema gay e lésbico e reverem as vossas afirmações. Mais uma vez, obrigado pelos vossos comentários e discussão.Flávio Gonçalveshttps://www.blogger.com/profile/16900484261665114616noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-82209074883963600582011-09-16T03:04:45.233+01:002011-09-16T03:04:45.233+01:00Ó João, interpreta como quiseres. Essa comparação,...Ó João, interpreta como quiseres. Essa comparação, descabida, não é despropositada de todo. A essas violações cabe, ainda que uma pequena percentagem e que possa parecer absurda, essa responsabilidade que lhe apontas. E, para fugir à tua linearidade da questão, ninguém tira a culpa ao violador, é um acto ética e moralmente errado, é crime, se eu tivesse uma irmã não sei como reagiría, mas independentemente disso, se não levasse mini-saia ou se não fosse toda pintada ou outra coisa qualquer, talvez não fosse violada, é um facto, ainda que anedótico. Mas isso não desculpa nenhuma violação, as pessoas são livres de andar como quiserem, isso não pode ser desculpa para tal mas a verdade é que é uma atenuante para que tal monstruosidade aconteça. <br /><br />A violação é um acto animalesco, irracional, são coisas completamente diferentes João. Isto aqui discutido tem, naturalmente, uma forma de exclusão, quer tu queiras ou não. Isso é negativo? Não sei. Não acho muita piada, não lhe dou valor a um filme (à partida claro) por ter ganho um prémio do festival queer de Lisboa ou doutro sítio. Saem de lá bons filmes? Acredito, como sairão, certamente, maus filmes. Se tem legitimidade para o fazer? Claro que tem. Agora João, uma coisa é o fantasporto, ou o MOTELx ou qualquer outro festival que se dedique a determinado género de cinema (género não é temática, coisa que implica "politiquisses" ou críticas à sociedade ou exaltações do que quer que seja). Um género de cinema é cinema, faz parte intrinsecamente do cinema, a temática é um complemento para se fazer cinema, estar a distinguir uma temática parece-me incorrecto e inglório para com o cinema. Não sei se me faço entender, mas é a minha opinião.Álvaro Martinshttps://www.blogger.com/profile/15852574378088709652noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-65658648012669438882011-09-16T03:04:14.698+01:002011-09-16T03:04:14.698+01:00Bem falacioso parece-me a comparação do "quee...Bem falacioso parece-me a comparação do "queer" a qualquer outro género cinematográfico, como o referido "terror". LGBT tem contornos políticos que um género cinematográfico não tem.<br /><br />Mas como me revejo no que o Álvaro disse, sobre acabar por me passar ao lado, não é sequer assunto que queira aprofundar ou continuar a discutir.<br /><br />Parabéns pela iniciativa.DiogoF.https://www.blogger.com/profile/13406452870609515020noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-7436551645327800532011-09-16T00:17:00.308+01:002011-09-16T00:17:00.308+01:00Exactamente.
Por isso é que acho esta discussão im...Exactamente.<br />Por isso é que acho esta discussão importante. porque muitos têm essa percepção de que o festival fomenta a exclusão. O que é para mim um erro.<br /><br />Assim com conversas como estas o objectivo do festival pode ser melhor explicado pois a maioria das pessoas que é contra a sua existência, o mais certo é nunca lá terem ido.<br /><br />Já ouvi opiniões sobre as paradas gays por exemplo. Em que defendem que se os homosexuais querem ser levados a sério não deviam fazer aquele tipo de paradas. E discordo em absoluto.Loothttps://www.blogger.com/profile/12918435979566716252noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-51090769586116646592011-09-15T23:21:11.160+01:002011-09-15T23:21:11.160+01:00Álvaro, quando todos os dias se depara com um gest...Álvaro, quando todos os dias se depara com um gesto ou uma palavra homofóbica, e se defende essa "liberdade" com o tão propalado "politicamente incorrecto" (como se fosse uma coisa boa insultar alguém), é difícil ler que "nessa exclusividade gerada ou "auto-gerada" se mostra que é a partir deles (seja o que for, gays lésbicas, sei lá o que há mais) que se cria o preconceito, são eles que se querem por à parte da sociedade, parece-me." Portanto, a culpa é dos homossexuais. É mais ou menos como as vítimas de violação que têm culpa por andarem pouco vestidas ou apenas por entrarem na coutada do macho lusitano, como já foi escrito num acórdão de tribunal.<br /><br />Quanto ao festival em si, colocar-se em causa a sua existência pela sua temática estrita cheira um bocado a esturro. Como diz o Flávio, ninguém se queixa da mesma maneira do IndieLisboa por passar maioritariamente filmes independentes ou do MOTELx por passar filmes de terror.João Lameirahttp://numaparagemdo28.tumblr.comnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-2338715730410865262011-09-15T22:28:12.085+01:002011-09-15T22:28:12.085+01:00Obrigado pelos vossos comentários. Desenvolverei a...Obrigado pelos vossos comentários. Desenvolverei a minha perspectiva pessoal num artigo que daqui a uns dias publicarei mas deixo a ressalva de que noto aqui uma confusão que é sintomática quando pretendemos discutir a existência dos festivais de cinema queer. Tomando o Queer Lisboa como exemplo, estamos a falar de um espaço sem reivindicações expressamente políticas (sem associação a grupos activistas) e de plena divulgação histórica e cultural. De modo que o argumento, disposto em forma de facto, de que a comunidade LGBT se auto-exclui é, para além de falso, ignorante. Porque a pretensão de um festival gay e lésbico é, tão-somente, representar, directa ou simbolicamente, tudo aquilo que se relacione com sexualidades não-normativas (incluindo questões de identidade e género). O poder (e a pertinência) de um festival como o Queer Lisboa vem dessa necessidade de divulgar formas de sexualidade diferentes da esmagadora maioria representada no cinema do veículo comercial.<br />Será o Queer Lisboa tão distinto de um festival como o MOTELx ou a Festa do Cinema Francês, por exemplo? Sê-lo-á seguramente comparativamente com o Festival de Cinema de Berlim, cujo panorama atravessa filmes de todos formatos e géneros temáticos. Mas um festival como o Queer Lisboa, tal como o MOTELx, apresenta-se com o objectivo declarado de exibir tudo aquilo que seja representativo do tema.<br />Evidentemente, o rótulo “gay”, “lésbico” é tão impositivo e artificial como “terror” e “comédia” ou “feminista” e “português”. Na minha perspectiva, ambos são arrumações daquilo que, essencialmente, não pede para ser arrumado (o cinema). Mas se a existência de festivais tão distintos e diversificados tenham a pretensão de motivar a produção cinematográfica no campo em que se inserem (como é o caso dos que referi), então o Queer Lisboa tem, actualmente, toda a validade em existir.<br /><br />Um abraço.Flávio Gonçalveshttps://www.blogger.com/profile/16900484261665114616noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-5785777542646356822011-09-15T19:48:38.759+01:002011-09-15T19:48:38.759+01:00Tema muito interessante Flávio, mais uma boa inici...Tema muito interessante Flávio, mais uma boa iniciativa por aqui.<br /><br />Percebo os dois pontos de vista, mas concordo com o 2º, ou seja, com a existência do festival.<br /><br />Um festival como o motelx ou o fantas são festivais cujo objectivo é reunir filmes de um determinado género. No caso do queer não há um género especifico de cinema, pois podem ser dramas, comédias, documentários, tudo.<br />E por isso podem questionar a sua existência, no sentido em que os filmes podem passar noutro circuito (o último do Honoré passou no indie por exemplo). Porém nada disto invalida a sua existência e tal como todos os festivais tem um objectivo bem específico e bem delineado.<br /><br />Pode ser também interpretado como algo que fomenta a exclusão, como já foi mencionado. O próprio festival promove a criação de um núcleo de determinadas pessoas. Mas não vejo porque isto tem de ser mau. As pessoas pertencem a nichos e têm determinados gostos é normal que pessoas com gostos comuns se juntem em grupos.<br />Acho que um festival como este nunca deve ser visto como algo que pretende separar, citando o Diogo Seno "Não se tratou, então, de criar um “gueto” ou um espaço “exclusivo” para gays, lésbicas, bissexuais e transgéneros, que, ao contrário do esperado, propagasse o preconceito e a incompreensão, mas sim de criar mais um espaço de representação e discussão de diferentes sexualidades. "<br /><br /><br />Se os filmes do queer podiam passar no circuito comercial? Claro que sim, mas nem isso acontece. Gosto de festivais pela possibilidade de ver filmes em cinema que nunca veria de outra forma, aliás nem os conheceria (a exemplo descobri graças ao queer o belíssimo documentário "fig trees"). Gosto da reunião de pessoas que têm gostos em comum, neste caso cinema.<br /><br />Os festivais não são as coisas mais importantes, mas eu divirto-me sempre muito por lá.<br />Por mim continuem em força.Loothttps://www.blogger.com/profile/12918435979566716252noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-13737919392545391542011-09-15T17:33:40.266+01:002011-09-15T17:33:40.266+01:00Sinceramente, nem sou contra nem a favor, nem me i...Sinceramente, nem sou contra nem a favor, nem me interessam esses festivais, passam-me ao lado. Mas confesso que tenho uma "inclinaçãozinha" para ser contra (e concordo com o que o Diogo disse), até porque acho que festivais disto ou daquilo servem exclusivamente para se auto-demarcarem ou (e indo de encontro ao que o Diogo Figueira disse) se "porem" à margem da sociedade.<br /><br />Um filme é um filme, a temática é importante sim, mas irrelevante para se qualificar o filme. Isto é o que eu penso claro, mas não vejo qualquer importância ou relevância para se fazerem festivais de gays ou outra coisa qualquer, até porque nessa exclusividade gerada ou "auto-gerada" se mostra que é a partir deles (seja o que for, gays lésbicas, sei lá o que há mais) que se cria o preconceito, são eles que se querem por à parte da sociedade, parece-me.<br /><br />Mas uma coisa é certa, toda a gente tem direito a fazer seja o que for, desde que isso não interfira com a liberdade dos outros. E neste caso, a mim não me interfere nada, por isso...Álvaro Martinshttps://www.blogger.com/profile/15852574378088709652noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6932862736198430305.post-81706367705927579192011-09-15T11:37:57.506+01:002011-09-15T11:37:57.506+01:00pessoalmente sou a favor do festival, dá uma maior...pessoalmente sou a favor do festival, dá uma maior visibilidade á cultura LGBT, ate porque acho que muita gente pensa que filmes gay´s são filmes porno,quando não é de todo assim.João Mateushttps://www.blogger.com/profile/12426753035938643934noreply@blogger.com