sexta-feira, setembro 09, 2011

5 perguntas (iv): João Pedro Rodrigues


A propósito do mês dedicado ao cinema queer, o realizador português João Pedro Rodrigues, responsável por títulos como O Fantasma, Odete ou Morrer como um Homem, foi convidado a responder a 5 breves perguntas para O Sétimo Continente. Muito obrigado ao autor pela sua colaboração. As mesmas perguntas serão respondidas para a semana por João Rui Guerra da Mata, co-realizador ao lado de João Pedro Rodrigues das curtas-metragens China, China e da recente Alvorada Vermelha (ler aqui).

★★★★★

1. Entendes como redutora a designação de realizador de cinema “gay” ou LGBT?
Eu não me considero nem uma coisa nem outra, faço filmes que, normalmente, têm personagens gays, é tudo. Vejo-me como realizador de cinema, ponto. Aliás, acho que a maioria do cinema, so called gay, LGBT ou queer (so many names...) é muito pouco interessante, para não dizer mau...

2. Os festivais de cinema LGBT são um importante veículo para levar o teu cinema a públicos pelo mundo fora?
Como os outros festivais, aqueles não LGBT, que escolhem passar os meus filmes. Devo ainda acrescentar que os meus filmes passam maioritariamente em festivais não-LGBT (como lhes vou chamar? Normais? Generalistas? Internacionais? Como vês, temos aqui outra vez um problema de nomenclatura...)

3. Por que razão é tão reduzida a representação de sexualidades não-normativas no cinema português?
Não faço ideia... ou será porque Portugal é um país ainda um bocado atrasado?

4. O que sentes ao ver O Fantasma em listagens de títulos fundamentais da história desta cinematografia? 
Também aparece em listagens de títulos fundamentais do cinema em geral... mas, para responder à tua pergunta, talvez porque é um filme sincero na forma e no tema, e essa sinceridade talvez tenha tocado algumas pessoas... e deixado outras de lado.


5. Qual o filme mais interessante que descobriste num festival de cinema LGBT?
Não me lembro de nenhum.

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