quarta-feira, julho 13, 2011

Um final digno para a saga que sobreviveu


Um dos acontecimentos culturais da década, "Harry Potter e os Talismãs da Morte - Parte 2" encerra a saga cinematográfica que adapta os livros originais de J. K. Rowling. Estreia em Portugal amanhã, dia 14 de Julho. Transcrevo de seguida uma opinião que escrevi sobre o filme visto em primeira mão, publicada ontem no Diário de Notícias sob o título "Conclusão da série Harry Potter segue a fórmula que conduziu todos os filmes", ao lado do grande artigo "E a magia chegou ao fim", escrito pelo João Moço.
A segunda parte do capítulo que encerra uma das mais famosas sagas de cinema de sempre é a consequência directa da fórmula à qual se agarraram os sete filmes precedentes de “Harry Potter”. Preenchida com acção e um tom épico jamais antes visto, o argumento, da responsabilidade de Steve Kloves prepara o espectador mais afastado do universo fantástico para entender a demanda do protagonista e o seguir para a batalha final com Lord Voldemort. A fotografia cuidada e sombria do português Eduardo Serra alia-se à equipa dos especiais tendo em vista um resultado tecnicamente deslumbrante possibilitando que parte do elenco brilhe nas suas interpretações, sobretudo as que Daniel Radcliffe e Alan Rickman nos oferecem.

Apesar do entretenimento característico, não deixa de ser infeliz (embora previsível) que este “Harry Potter”, à semelhança de quase todos os outros, tenha mais qualidades técnicas que propriamente cinematográficas. O realizador David Yates mostra-se incapaz de escapar à banal e imponderada lógica de videojogo, parecendo apenas querer exibir, na maior parte das vezes, fogo-de-artifício, impedindo que certas cenas “respirem” o tempo que necessitam verdadeiramente. Para além disso, a presença do 3D, inédita em toda a série, é desapontante e incompreensível, já que não acrescenta nada ao impacto da imagem do filme.

Não obstante, o saldo deste oitavo e último filme é satisfatório, na medida em que concretiza, com sucesso, o objectivo simbólico a que se propôs desde o início: oferecer a “Harry Potter” o merecido final, para a personagem, o seu mundo e a legião de fãs que desde sempre o seguiram. Apresenta-se assim, inevitavelmente, o final, acompanhado pelos valores da união e da esperança, de uma das séries mais icónicas e rentáveis que o cinema alguma vez assistiu.

2 comentários:

  1. Gosto da saga HARRY POTTER. Claro que é pura diversão, mas vale a pena vê-la sem qualquer juízo crítico.

    O Falcão Maltês

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  2. Claro que os filmes não se comparam aos livros, mas mesmo assim gosto de os ir ver e tenho expectativas altas quanto a este último, espero que corresponda! Abraço

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