quinta-feira, dezembro 31, 2009

:Avatar



Será assim tão necessário começar por descrever a febre que afunda este filme? Custa-me, apesar de todas as minhas anteriores convicções, admitir que sim porque, desde a sua chegada, o que se tem dito da nova película do “titânico” Cameron, consensualmente e no frenético meio que é a Internet, viaja entre “absolutamente revolucionário” a “um novo marco na História do Cinema”. Após a visualização do mesmo, fico em dúvida se se referiam ao filme em si ou ao marketing que o abraçou - porque este, louvado seja tamanho orçamento investido em tempo de crise, esteve presente como nunca antes vimos num filme. Portanto, e para terminar este assunto (tentei mesmo não iniciar uma opinião por este ponto mas…!), apelo a todos que julguem uma película como estas (e como qualquer outra, aliás) de forma independente, ponderada e lúcida.
Continuando na linha do marketing, devo dizer que era, já, por demais expectável o que poderia sair com este “Avatar”. Puro entretenimento para as massas, animação digital trabalhada com a mestria que os 237 milhões de dólares exigiam da equipa técnica (será que é desta que a Academia decide nomeá-lo para o Óscar de melhor filme de animação?), um argumento rápido e convincente para (quase) todos os espectadores. O que não se esperava, pessoalmente: um resultado tão belo e crível do mundo natural de Pandora (terá sido assim tão preciso sair dos confins da Terra, que cineastas como Malick captam de forma inigualável, para maravilhar um espectador humano?) e as referências retiradas de diversas outras obras do cinema e da literatura de uma forma gritantemente pretensiosa, fingindo uma artificial inovação em termos narrativos que ilude, facilmente, o mais ingénuo e deslumbrado espectador. Não é por menos: o 3D (ainda que me proporcionando uma indesejada dor de cabeça) funciona como nunca outro filme o conseguiu, trazendo a tudo um relevo impressionante (pelo menos na primeira meia hora). Nesse aspecto, e há que admiti-lo, espera-se nos próximos tempos uma utilização desta ferramenta mais frequente e competente (mas, por favor, 2D, não fujas de nós!). Pandora é um “novo mundo” (reforcem-se as aspas) repleto de criaturas que, muito convenientemente, na fase final da película, se unem à lá filmes da Disney para combater o inimigo comum, que é o homem. As cenas de acção resultam muito bem, principalmente na última meia hora da película. Este planeta tem, também, o seu quê de fantástico e místico que, de forma muito objectiva, é evidenciado pelas interligações que os indígenas estabelecem com toda a Natureza — uma mensagem ambientalista, espiritual, quase religiosa, que bem poderia funcionar não fosse, mais uma vez, a tentativa de parecer introdutora e criada com magnificência. Também a cultura dos Na’vi evidencia um obtuso etnocentrismo que Cameron não evitou seguir — todos eles têm características humanas e não há nada de “alien” neles, por assim dizer, são índios gigantes pintados de azul. Para finalizar o leque de lugares-comuns presente na estrutura clássica hollywoodesca do guião (há muitos mais, não vou é agora aborrecer-me a enumerá-los), John Smith conhece, também, a sua Pocahontas, relacionando-se com ela de forma incoerente e enveredando pela química humana e tradicional com que já se esperava. A fórmula de entreter e maravilhar o senso comum atingiu-se neste filme.
Pondo de parte a banda-sonora, que nada traz de novo senão uma leve impaciência e familiaridade, e pondo, também, de parte, o tema musical com que somos presenteados no final do filme (não, Cameron, “Avatar” não é o “Titanic”!), há que assinalar, por fim, a miséria geral das interpretações (com personagens tão mal construídas quanto estas, sobretudo a encarnada por Stephen Lang, não se esperava mais).
Em suma: uma técnica geral perfeita, que consegue fazer-nos suportar a duração extensa do filme, aliada a um argumento pobre e repleto de clichés, e uma experiência sensitiva apenas interessante.
6/10
[re-apreciação feita no dia 20/01/2010]

quarta-feira, dezembro 30, 2009

:Bem-vindos a Belleville



Filme de animação pouco convencional que surpreende em estilo e narrativa - Belleville rendez-vous é, simplesmente, hilariante, mágico e memorável. E o melhor são os protagonistas: uma velhinha portuguesa com muita garra e um preguiçoso (e torturado) cão chamado Bruno. Obrigado, Sylvain Chomet (e obrigado, Alexandre, por me apresentares Belleville... e muito mais)! :)

quinta-feira, dezembro 24, 2009

:Os 10 melhores filmes da década '00



Este Natal estará marcado, um pouco pela blogosfera cinéfila portuguesa, pela iniciativa “Os 10 Melhores Filmes da Década 2000” — como tal, não deixem de visitar e procurar os outros locais onde se encontrem presentes diversas listas. Definir os dez melhores filmes desta primeira década do milénio, que atravessou o fim da minha infância e o início da adolescência, é, na minha perspectiva e apesar de estar directamente envolvido nesta iniciativa, mais do que difícil. É impossível — pela simples razão que muitos foram a fitas que marcaram o mundo da sétima arte, pelo que, sem elas, o futuro que avizinhará não se demonstraria da mesma forma. Dito isto, reuni, na lista que segue, sem repetição de realizador (para evitar favoritismos e alguns esquecimentos) e sem ordem de preferência, os dez filmes que grandemente me marcaram, quer pela sua qualidade artística, quer pela forma como conseguiram mudar a minha visão do mundo e de mim. Deu-me uma pena tremenda, ao tentá-la pôr heterogénea, não incluir na lista, por exemplo e pelo menos, um filme da Disney, Mysterious Skin, Match Point, Memento, O Novo Mundo, O Senhor dos Anéis, e uma data de etc. (mas vocês saberão bem, quer lendo as minhas opiniões ou vendo as minhas classificações, quais são, verdadeiramente, os meus filmes preferidos). Mas, bem, a lista é vida e ei-la:




Hilariante, belo, mágico, fabuloso — eis como uma personagem, uma história e um visual tão rico se coadunam numa das películas mais estranhas, marcantes e positivistas de sempre.



Frenético e por demais inteligente, o cineasta brasileiro capta hiperactivamente aquilo que acabaria por ser um dos filmes mais cruéis e espectaculares de sempre.



O melhor da trilogia de Iñarritu, que atravessou, através de diferentes contextos e histórias filmadas, e com desempenhos magníficos, as profundezas da condição humana.



O melhor de Von Trier é mais do que subversivo em estética e narrativa — é sim um exemplo de como se pode fazer um verdadeiro drama psicológico, englobante a toda a humanidade e negativista até à última cena. [crítica]



Um triunfo da arte contemporânea e um ensaio inesquecível e incompreendido da adolescência e da educação actuais, captados subtil mas magnificamente por Van Sant, que, nesta década, se demarcou no meio artístico com películas que me moldaram e distinguiram em grande medida. [crítica]




A filha do criador d’O Padrinho criou, a partir de uma cidade onde a Multidão reina a Solidão, duas narrativas reais, que se enlaçaram em pequenos e inesquecíveis momentos que fazem de Lost in Translation um dos filmes mais interessantes e magníficos.



Pondo de lado toda a polémica (até porque não há, de todo, motivos para a sua existência) que a abraça, a obra de arte de Ang Lee atinge o topo dos grandes romances da sétima arte, pela subtileza, beleza e realismo que a envolvem.




A obra-prima máxima e subvalorizada de Aronosfky que, ao lado do revolucionário Requiem for a Dream, o tornou numa das mais fascinantes e brilhantes mentes da década.




A perfeição de Wright é inegável e a sua segunda longa-metragem demonstrou-o na exactidão, através da adaptação do romance filosófica e narrativamente sublime de McEwan.




Apesar de correr o risco de o filme ser o mais contestado em aparecer neste tipo de listas, estou em crer, veementemente, que tudo n’O Cavaleiro é muito bom — desde a realização encarnada como ninguém, das interpretações, da acção e da forma como a mensagem "precisamos, no mundo em que vivemos, de superheróis que não sejam super" é transmitida.

Apresentada a lista, que considerações têm os leitores a fazer? Quais seriam as vossas escolhas? O que tirariam e porquê? Enfim, e não menos importante: bom Natal para todos!


Outras listas que integram esta iniciativa:

:Boas Festas!

Bem sei que tenho andando (um pouco) desaparecido, que não tenho escrito publicações ou comentários, mas a verdade é que as férias não me aumentam tempo livre - ocupam-no, pelo contrário (o que é, analiticamente, positivo). Por isso gostava de desejar a todos os leitores, a todos que comentam, a todos os amigos um óptimo Natal (haverá época que goste mais?). E, ah!!, amanhã haverá uma surpresa para todos (os que comigo participam bem saberão do que se trata)...!

segunda-feira, dezembro 21, 2009

terça-feira, dezembro 15, 2009

:5 comédias de Natal

Deixo-vos, nesta publicação, com 5 comédias que cresceram comigo e são directamente relacionadas com o Natal. Posso, actualmente, não lhes reconhecer tanto valor quanto antes lhes dei, mas, de facto, marcaram-me. Ordenadas por preferência, são elas:

5 - How the Grinch Stole Christmas (2000)


Remake realizado por Ron Howard sobre Grinch, que é uma criatura verde que odeia tudo o que se relaciona com o Natal e tenciona roubá-lo da população materialista de Whoville. Contudo, quando conhece Cindy Lou Who, uma rapariguinha que tenta ter a sua amizade, tudo muda.
4 - Look Who's Talking Now (1993)


Terceira parte de uma trilogia sobre um casal (John Travolta e Kirstie Alley), os dois filhos e cães prestes a entrar no Natal. Contudo, tudo parece ficar destruído quando a personagem de Alley é despedida, enquanto a de Travolta é promovida a piloto para uma sedutora mulher que põe em perigo o futuro da família...
3 - Home Alone (1990)


A pérola natalícia da televisão pública portuguesa conta-nos a história de Kevin que, no Natal, é acidentalmente abandonado pela família quando esta voa para França, e tenta lutar contra dois ladrões que invadem a sua casa, onde passa a viver sozinho. Irrealista mas hilariante, quem não conhece o original de Chris Columbus nunca passou pelo contemporâneo espírito de natal.
2 - Love Actually (2003)


Uma das melhores comédias românticas da década - "O Amor Acontece" é um triunfo escrito e realizado por Richard Curtis, ambicioso no sentido em que tende a seguir 8 distintos casais no contexto natalício, em diferentes locais. Eternizado e muito querido entre nós por contar com a participação de Lúcia Moniz. Imperdoável será quem não vir, pelo menos uma só vez, esta película.
1 - The Holiday (2006)


O filme de Nancy Meyers parece não trazer nada de novo às comédias românticas e aos filmes de Natal que afundam as salas de cinema mas estou em crer que não. A espontaneidade com que Kate Winslet, Cameron Diaz, Jude Law e Jake Black contracenam e a naturalidade com que os pares românticas se vão unindo fazem-me acreditar que, para além de este ter sido, por razões pessoais, um filme inesquecível, o filme tem uma qualidade relativamente grande, e deve ser considerada por qualquer cinéfilo - ou amante do Natal! Nota especial para a composição musical de Hans Zimmer magnífica e para Just for Now, de Imogen Heap, que compõe parte da banda sonora original.

domingo, dezembro 13, 2009

:Revolutionary Road



Depois do mega-sucesso titânico de James Cameron, via-se, com grande previsibilidade, que a dupla Winslet/DiCaprio tivesse portas abertas para infindáveis projectos cinematográficos, algo que, efectivamente, se veio a comprovar com a multiplicidade de filmes que os dois jovens actores deram vida. “Titanic” continuou a ser, contudo, a película que os eternizou e foi com uma inevitável nostalgia e ansiedade (Sam Mendes já se demarcara no terreno do cinema americano), que “Revolutionary Road” foi esperado pelo público. Se correspondeu às expectativas? Tendo em conta que as minhas dúvidas, é, com segurança, que afirmo que foram ultrapassadas.
Voltando às passadas de “American Beauty”, o cineasta e Justin Haythe abraçam, com determinação, um projecto que, sendo a olhos comuns visto como fácil ou banal, adapta um romance socialmente crítico de Richard Yates. Explorando as profundezas de uma instituição que entrava já, nos EUA dos anos 50, em decadência geral, e explorando, de igual forma, a hierarquia e código moral que regiam o contexto, “Revolutionary Road” continua, na sua estrutura narrativa, moderno, actual e interventivo. Com uma mensagem claramente negativista quanto ao casamento, o filme, fiel ao livro até à cena final, tende a captar como se suportam, num mar de rotina, estandardização e niilismo nas actividades dos subúrbios, dois seres humanos, que erram ao tentar ultrapassar as dificuldades com ilusões, sonhos e esperanças. Quando as realidades do tempo e da responsabilidade familiar lhes começam a pesar na consciência, mais erros são, como infeliz consequência, realizados, levados estes até ao limite com uma trágica recta final, repleta de uma melancolia exacerbada com elegância e simplicidade, pendendo a estimular, a posteriori, uma reflexão pessoal por parte do espectador mais atento.
O que os Wheeler queriam para si, Sam Mendes conseguiu-o para o filme: manter as aparências de uma família tão denegrida e disfuncional com uma estética por demais perfeita e bela. Com enquadramentos simples, mas magníficos se atendermos à situação captada, o realizador, aliado à fotografia de Roger Deakins e a uma direcção artística talhada até o pormenor, traz-nos um festim harmonioso de planos coloridos memoráveis.
Tudo se coaduna, pois, quando uma madura Kate Winslet (que está mais bela e talentosa que nunca) contracena com um igualmente experiente Leonardo DiCaprio que aclama uma evolução performativa incontestável. Os dois movem-se mais reais que qualquer outro casal destroçado, preso às rígidas convenções e às normas morais que interiorizaram toda a vida. Como April e Frank, os dois devem agradecer a Mendes por terem uns dos melhores papéis que já tiveram na grande tela. Há que salientar, de forma também justa e igual, a figura de Michael Shannon (com uma nomeação merecida para o Óscar de melhor actor secundário), que encarnou uma personagem crítica mas socialmente demente e reprovadora e que exaltou a necessidade de mudança nas circunstâncias por que passava o casal.
Para completar, não há como não referenciar a banda sonora de Thomas Newman, das melhores que alguma vez tive a oportunidade de ouvir dele (ao lado de “Anjos na América) e de outros, fazendo com que o piano e o violino tenham o casamento que os protagonistas gostariam de ter.
Despretensioso, natural, simples mas, seguramente, imperdível, só saberemos, mais tarde, se esta obra ascenderá ao estatuto de obra-prima daqui a uns largos anos. Entretanto, restemo-nos com um “Revolutionary Road” que ficará connosco como um dos exemplos do bom cinema que (ainda) se pode fazer.
9/10

:«A crítica está rendida a "Avatar"»


Após ter lido esta notícia, só saberei se "a crítica está rendida a Avatar" ou à hype gerada por Avatar quando o for ver.  Só sabemos que não temos, seguramente, um My Heart Will Go On. Enfim: expectativas a zero, não para ser desiludido mas para ser surpreendido.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

:Enquanto o trabalho me afunda o tempo...

Casamento gay deverá ir a Conselho de Ministros para a semana

...sabe mesmo bem receber uma notícia destas. Tanta luta, tantas reivindicações e parece mesmo que é desta ;)

quarta-feira, dezembro 02, 2009

:Beleza Americana

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É com grande facilidade e legitimidade que podemos considerá-lo o último grande clássico do século vinte, uma obra-prima marcante merecedora de todos os prémios recebidos. “American Beauty” consegue, contudo, transcender o reconhecimento atribuído pelo público em geral, expressando quase na perfeição, com a sordidez, falsidade e imbecilidade das acções humanas que nos fazem parecer tão pequenos, a beleza do mundo.
Sam Mendes, que recentemente nos trouxe um “Revolutionary Road” com reflexos evidentes deste trabalho (quer no estilo ou na história), ganha a verdadeira qualidade de realizador, com uma louvável direcção artística: planos memoráveis que se cursam com uma harmonia e calma incríveis, um jogo intenso de cores e uma diversidade de elementos simbólicos que só poderiam resultar de um argumento de génio (assinado por Alan Ball), que toca em temas tão simples quanto profundos. Aliás, podemos considerar que tudo o que está escrito é o ponto mais elevado da película. As diferentes narrativas, com todas as suas particularidades, se interligam numa última hora de clímax exímia, que Thomas Newman fez questão de, mais uma vez, não passar por despercebida, levando aos nossos ouvidos, como o fez já com “Os Condenados de Shawshank”, “Anjos na América”, “À Procura de Nemo” e “Revolutionary Road”, uma admirável banda-sonora. Nada, claro, está nas cenas por um simples acaso. Só a despretensiosa (mas constante) presença das rosas e pétalas vermelhas personificam a pura inocência que o conjunto maravilhoso de actores não arruinou.
De longe, Kevin Spacey, Annette Bening e Thora Birch estão de tirar a respiração, acrescentando ao grupo a talento-revelação de Angela Hayes. Contudo, é a personagem secundária de Wes Bentley, como o adolescente Ricky Fitts, que parece ter saído de “Aparição”, de Vergílio Ferreira, e que se me apresenta, apesar de todos os defeitos que o tornam ainda mais humano, como a mais sensata e sábia personagem do filme, e que fez com que um ordinário saco de plástico a dançar com o vento ganhasse vida e perfeição.
O filme viaja, portanto, no limiar onde patéticos devaneios, receios e ilusões de típicos ocidentais se chocam (há quem queira ser bem sucedido profissionalmente, quem queira impressionar alguém, quem viva em negação consigo mesmo, e por aí adiante), acabando as personagens por se comportarem, tal como em “Little Children” também nos mostra, como autênticas crianças desprovidas de bom senso. E, já que pegamos no exemplo, tornam-se evidentes as influências causadas por “American Beauty”; o sentido profano como forma de explorar a psicologia dos seres humanos no cinema é visível em diversas obras desta década presente.
Pouco há mais que dizer quando tudo me parece tão bem feito. Desculpa andrajosa para quem não tem vontade para escrever? Parece-me a mim, para quem viu o filme, que não, e que entenderão o que acabo de dizer. Se bem repararmos, numa cena em que Lester está a trabalhar, podemos ver escrito na secretária “look closer”, e o que e o que nos compete fazer durante as duas poderosas horas de filme e após, para sempre: olhar mais aproximadamente, com olhos de ver e analisar, de forma a podermos experimentar verdadeiramente toda a beleza e o milagre de viver.
[publicado originalmente a 21 de Fevereiro de 2009]
9,5/10

:Grandes Momentos #5



A liberdade e a vida, vista pela janela do infinito e da impossibilidade. O precioso Mar Adentro (2004) vale por isto e por muito mais. 

Dezembro & Sam Mendes

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Após um mês dedicado a Martin Scorsese, volto a reunir forças com os blogues CINEROAD, seeSAWseen e Split Screen para uma iniciativa centrada no multifacetado, socialmente interventivo e artisticamente notável Sam Mendes, realizador de Beleza Americana, Estrada para Perdição, Máquina Zero, Revolutionary Road e Away we Go. Comemoramos, assim, a época de Natal com artigos sobre o sensível cineasta e com a ajuda inédita do nosso convidado - o brasileiro Pedro Tavares, do blog Cinema O Rama.