segunda-feira, outubro 13, 2008

:La Vita è Bella (1997)

Buon giorno, Principessa! 
1 euro e meio (!!) no Jumbo que me fez deslumbrar uma redefinição da beleza da vida. "A Vida é Bela", escrita, realizada e protagonizada por Roberto Benigni (Pinocchio, 2002, 8/10), traz-nos uma soberba e encantadora história de amor e esperança que não faz ninguém ficar indiferente. Em três palavras; vejam este filme. Não, digo-o a sério.  É uma autêntica obra-prima da sétima arte. E porquê? Basta ver os primeiros quinze minutos para perceber a razão por que esta película italiana é excelente; os diálogos produzidos de forma fabulosa por uma personagem memorável, Guido; um romance que evolui de forma progressiva, carismática, divertida e adorável; uma banda-sonora de ficar no ouvido, e muito mais. A vertente dramática que o filme toma na sua segunda metade, com os campos de concentração, está bastante boa também, a magia da relação entre pai e filho  que permanece até o seu trágico fim é simplesmente fantástica, apesar de uma inocência sentimentalista estar, por vezes, exageradamente ressaltada. Sobre a realização, um pouco simples demais, apesar de nenhum plano ou sequência se destacar no que toca um ponto de vista técnico, consegue captar o essencial de uma Itália sob o domínio fascista. É, portanto, o argumento  e a interpretação de Roberto Benigni que tornam, por excelência, este filme um para a vida inteira, merecedora, com certeza, de todos os prémios recebidos até agora. 
Nota final: 9,5

sexta-feira, outubro 10, 2008

:Parabéns!

Numa altura em que me encontro imensamente ocupado quer pela escola quer pelo emprego, e apesar de estar já a preparar algumas críticas para publicar aqui, não podia deixar de ignorar o projecto-lei do Bloco de Esquerda e dos Verdes que permitia o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo ou, forma abreviada e como o apelidaram, casamento gay. Para a modificação do Código Civil a lei precisava de ser aprovada hoje mas tal aconteceria, julgando pelas declarações prestadas há horas no Parlamento, não fosse o Partido Socialista impor disciplina de voto de forma a recusar os projectos. José Sócrates, em jeito de justificação e há pouco tempo atrás, disse que "o PS não anda a reboque de nenhum outro partido". Pois bem, mais vale permanecer com a posição retrógrada de Ferreira Leite do que acabar com um tipo de discriminação que é bem presente na nossa sociedade que, segundo foi prometido em tempos de eleições, seria anulada, não é verdade, senhor Primeiro Ministro? "Uma vergonha histórica para a democracia portuguesa", segundo a ILGA. Vergonha é o PS  impor disciplina de voto, votar contra e, elevando a hipocrisia ao máximo, fazer uma declaração de voto a favor do casamento homossexual. Dá para rir, não dá!
Ah, e já agora, qual a vossa posição em relação a este assunto?