segunda-feira, março 24, 2008

Aquilo que somos

Há dias acabei de ler um livro chamado O Fogo e as Cinzas, do autor português Manuel da Fonseca. De entre os contos que incorporam o livro, houve um, chamado igualmente de O Fogo e as Cinzas, que achei particularmente interessante e que me fez escrever este post.

No conto, encontramos um velho num café a relatar-nos a história da sua vida. Ele fala-nos dos amigos que antes lhe faziam companhia naquelas tardes passadas a beber café e sobre a perda do amor da sua vida, bem como doutras coisas. Achei este relato deprimente e com significado. Em primeiro lugar, porque é sobre uma vida falhada, sobre uma vida mal vivida e aproveitada.

Todos dizemos que devemos é gozar a vida, vivê-la intensamente, mas poucos o conseguem fazer. Todos ouvimos dizer que o tempo passa depressa e não poupa ninguém, mas só nos apercebemos disso quando já é tarde. Todos temos a noção de que, mais cedo ou mais tarde, ficaremos sozinhos, desamparados, mas vivemos na ilusão de que isso é mentira. Todos temos receio de envelhecer, apesar de isso ser uma coisa natural; afinal de contas, faz parte do ciclo da vida.

“A vida de um idoso é recordar o seu passado; se tem boas recordações, é feliz, se teve uma vida má, não é.”, dissera o pai de uma amiga minha, há mais ou menos dois meses, quando jantávamos. No conto, o narrador é uma pessoa que pertence, claramente, ao segundo grupo. Ele vive refugiado nas lembranças, no pensamento, isolado em si mesmo. Mas… e se esse eu me tornar nesse velho?
Já imaginaram o que deve ser chegarmos ao fim da linha e apercebermo-nos de que falhámos, de que devíamos ter feito as coisas de maneira bem diferente e de que não temos mais oportunidades? De que estamos sozinhos porque não fomos mais ousados? De que não temos bons momentos a recordar? De que vamos morrer no esquecimento, sem ninguém para sentir a nossa falta? De que, no fundo, a nossa existência foi quase… em vão? Pois, eu tenho vindo a pensar nisso… e acho que deve ser terrivelmente penoso chegarmos a essas conclusões na fase final das nossas vidas.

Perdidos pelos parques, sentados nos cafés… todos nós já encontrámos idosos assim, quase vegetativos, a pensar na vida. Já imaginaram como deve ser viver assim, sem perspectivas de vida, sem motivos de felicidade? Eu já. E, sinceramente, não gostei de me pôr no lugar deles.

Por isso, acho que devíamos realmente reflectir sobre dois aspectos:
Se queremos tornar-nos naquelas pessoas e se é correcto existirem pessoas abandonadas nos lares pelos seus familiares.
Pensem e tirem as vosssas conclusões, porque eu já tirei as minhas…

Citação do dia:
Georgia Byrd: Next time… we will laugh more, we’ll love more; we just won’t be so afraid.
Do filme Tudo o que sempre Sonhei (Last Holiday), que vi há uma semana e gostei muito. E, como tem muito a ver com a temática do post, acho que a citação se enquadra perfeitamente. Aconselho a verem!

sábado, março 22, 2008

Mais uma contradição

A maioria dos padres não consideram os gays como sendo homens só porque não têm relações sexuais com mulheres. Mas digam-me: os padres têm?

quinta-feira, março 20, 2008

"A criança que não queria falar", Torey Hayden

Todos os dias novos livros são publicados. Muitos deles são livros banais, com histórias já vistas e revistas, com fantasia a mais. Neste livro podemos encontrar uma história verídica que de banal não tem muito.
Escrito por Torey Hayden, uma brilhante professora, este livro conta a história de uma menina que foi abandonada pela própria mãe adolescente, que levou consigo o filho mais novo. Ficou apenas na guarda do pai, que passou os primeiros anos da vida dela na cadeia, culpado de assalto e agressão. Desde que foi liberto que passou longos períodos no hospital estatal por alcoolismo e toxicodependência. Enquanto isto, Sheila andou de casa em casa, na maioria familiares da mãe, mas acabou abandonada na berma de uma auto-estrada, onde foi encontrada às grades metálicas que separam as vias desta. Com apenas quatro anos de idade foi levada para um centro de protecção à criança, onde lhe detectaram graves cicatrizes e fracturas provocadas pelos maus-tratos sofridos. Mas acabaram por voltar a confiá-la ao pai. Passou então a viver numa barraca de uma divisão num acampamento de imigrantes. A casa não tinha aquecimento, nem água… nem sequer electricidade! Uma criança com este passado e com este presente talvez igualmente trágico não poderia viver com absoluta sanidade mental ou física: ela era pequena e frágil, devido a uma subnutrição e tinha graves problemas mentais.
O livro não dá muito bem a entender se foi o primeiro ou o último encontro dela com a polícia… mas começa com a notícia de um. Este encontro foi causado por um grave crime: Sheila, com apenas seis anos, raptou um menino de três anos (do acampamento), levou-o para um bosque, amarrou-o a uma árvore e pegou-lhe fogo. A criança ficou em estado crítico.
A partir daqui começa o desenrolar da história. Sheila é proposta a um hospital psiquiátrico, mas não há vagas. A única solução que parece aceitável é uma escola especializada, solução esta que foi aceite. De início pareceu complicado, pois a professora para onde foi enviada, Torey, já tinha o número máximo de alunos na sua turma. Mas, como o caso era urgente, a professora teve de ficar com nove crianças.
Começou tudo como previsto: mal. Sheila não se adaptava (também, penso que é normal uma criança com esta vida não se adaptar) e assustou ainda mais as outras crianças. Imensos episódios trágicos aconteceram e fizeram Torey aperceber-se de que tinha algo muito grande em mãos, que teria de dedicar todas as suas forças para ajudar esta criança. Foi então que laços muito fortes entre as duas começaram a existir e a crescer, dia após dia. Aquela escola passou do pior pesadelo à única coisa boa que aquela criança tinha. Todos os dias se dirigia para lá feliz por ir e vinha embora feliz por lá ter estado. Sheila começava a aprender o significado da palavra tão usada hoje em dia, mas tão pouco vista em prática: a felicidade.
De escrita fluente e leitura fácil, cada página deste livro é vivida com grande intensidade pelo leitor. A dor, a emoção, o amor, apesar de com muita simplicidade estão muito bem descritos. Não podemos deixar de nos envolver e comover, de percebermos melhor um mundo de demência, maus-tratos, falta de amor, mas em que reina a inteligência, a força e a audácia… e a vontade de viver e de sobreviver. Este livro mostra-nos o quanto a vida pode ser cruel e o quanto nós podemos lutar contra a crueldade, lutar contra a fúria, contra o rancor, contra as nossas maiores fraquezas… e como os laços são importantes, como cativar alguém muda a nossa vida (são mencionados muitas vezes excertos da grande obra “O Principezinho”).
Ao ler esta história ficamos com vontade de pertencer a este grupo, de entrar na melhor turma do mundo… “esta turma de malucos”, como Sheila diz.
“As pessoas interrogam-me, muitas vezes, sobre o poema pendurado na parede do meu gabinete. Parece-me de inteira justiça que conheçam a criança que o escreveu. Só espero ter tido metade do seu talento para escrever este livro.”
Curiosos? Aconselho-vos a ler.

quarta-feira, março 19, 2008

Para Sempre, Talvez...

A sinopse, "Three relationships. Three disasters. One last chance.", é bastante elucidativa quanto à história principal do filme: um homem, William Hayes, está prestes a divorciar-se e, certa noite, a sua filha pede-lhe que lhe conte como é que ele conheceu a sua mãe; ele diz-lhe então que vai mudar os nomes e alguns factos e que vai contar a história antes do casamento deles, a ver se ela descobre quem é a sua mãe. Ela aceita e recuámos então no tempo cerca de uma década, onde vemos um jovem William prestes a partir por dois meses para Nova Iorque, deixando ali uma namorada sua, Emily, com quem tem grandes perspectivas de um futuro a dois. Lógico que, mal chega a Nova Iorque, as coisas começam a mudar e, assim que ele trava amizade com April e conhece Summer, tudo começa a ficar muito mais interessante.


O primeiro aspecto positivo que devo salientar é o teor da relação entre William e a sua filha, Maya, interpretada por Abigail Breslin (e que, como sabemos, foi nomeada para um Óscar devido à sua performance no filme "Little Miss Sunshine"), que revela uma química engraçada entre os dois e nos proporciona diálogos muitas vezes hilariantes (tomem o exemplo da cena em que ela lhe pergunta o que é uma ménage à trois). Sim senhor, parabéns aos dois. Depois, talvez aquele que será o melhor detalhe é a forma como a narrativa nos é apresentada - que nos leva a, ao mesmo tempo que Maya, tentar adivinhar quem será, das três, a sua mãe - e que, devido à sua imprevisibilidade, nos prende desde o começo e nos continua a cativar até ao fim. Esta foi uma escolha feliz e eficaz por parte de Adam Brooks, realizador e autor do argumento, que aqui atingiu também melhores resultados que na má sequela de "Bridget Jone's Diary".



Quanto às actrizes que vivem os três interesses românticos da personagem principal ao logo da história, estão todas de parabéns. Rachel Weisz, sempre fenomenal, volta aqui a dar uma excelente interpretação vestindo a pele de Summer, uma escritora que, no início, se encontra numa relação com um sexagenário; Isla Fisher, que entrou no engraçado "Wedding Crashers", vive aqui April, a personagem com quem acabamos por criar mais empatia e com quem William forma uma amizade desde a sua chegada à cidade; Elizabeth Banks, por fim, é Emily, a tal namorada que fica à espera dele no Winsconsin. O argumento trata sempre de as trazer de alguma forma à história, mesmo quando pensávamos que não as veríamos mais e se, a dada altura pensarem, como eu, já ter descoberto tudo, o mais provável é que, nos minutos seguintes, o filme vos prove que estão enganados.

Já em relação a Ryan Reynolds, volta aqui a estar muito bem vestindo a pele de um homem simples com, apesar do que possa parecer, muito azar no campo amoroso da sua vida e por quem acabamos por torcer. Por fim, Adam Brooks não faz um trabalho excepcional na realização: em vez disso, aposta por conduzir a narrativa de forma discreta, por assim dizer, o que, apesar de não ser sinal de uma obra-prima, também não demonstra falta de qualidade. A sua posta - ganha - vai, claramente, para o argumento, ao qual já teci os devidos elogios e do qual apenas tenho uma coisa negativa a apontar - o final. Não que seja mau, ou sem graça, porque não é; a última cena é que é um pouco previsível.



O filme pode até nem inovar em muitos aspectos, nem tampouco parece ser o seu objectivo; é, sim, uma história reconfortante que, seguindo uma fórmula diferente da habitual, nos prende e nos leva a querer saber como tudo aquilo vai acabar. Destaca-se, também, por, contrariamente à maioria dos filmes deste género, centrar a sua acção num homem e não numa mulher, o que é sempre bom para o público masculino, que, geralmente, não é grande fã destes filmes. Engraçado e enternecedor, "Definitely, Maybe" é um dos bons filmes deste primeiro trimestre de 2008 e só é pena ter tido uma tradução para Português tão má como "Para Sempre. Talvez...". Aconselho, sem dúvida!

domingo, março 09, 2008

"Um Amor Feliz", David Mourão-Ferreira

Um escultor à beira dos sessenta anos, uma estrangeira duas décadas mais nova que ele. Além da diferença de idades, ambos estão casados - ele com uma pediatra, ela com um homem poderoso, mas com quem tem pouca intimidade. Os dois conhecem-se num jantar de boas-vindas a um casal seu conhecido e começam a encontrar-se furtivamente, no atelier dele. São estes, simplificando, os elementos que servem de base à história deste romance de estreia (no género) de David Mourão-Ferreira.
"Um Amor Feliz" foi considerado, aquando da sua publicação em 1986, pelo seu autor como sendo "um cântico de amor e de paixão erótica; uma sátira política a certa nova sociedade portuguesa; um romance do romance em que se vêem acareados o narrador e o autor; um ajuste de contas comigo mesmo".
Ora, em relação ao cântico de amor e de paixão erótica, essa é uma boa descrição para a obra. Ao longo das cerca de 300 páginas do livro, vão-nos sendo narrados os desenvolvimentos do romance entre o narrador - cujo nome, "Fernão", só descobrimos perto do final - e Y, uma mulher de 36 anos que ele conhece no tal jantar ao longo do ano anterior. Pelo meio, conhecemos ainda outras personagens, como a mulher do narrador, com quem ele mantém uma relação distante; Floripes, a mulher que trata das limpezas do atelier, responsável pelos diálogos (ou, atendendo à natureza da personagem, será melhor dizer monólogos?) mais engraçados da obra; a filha dela, Zu, de quem falarei mais à frente com mais detalhe; a mãe do narrador, agora num lar com alzheimer; a mulher a quem o romance é dirigido.

Em primeiro lugar, e antes que estejam a pensar que a mulher se chama mesmo Y, deixem-me clarificar esse ponto: logo no início do livro, é-nos expressa pelo narrador a vontade de não divulgar o nome da personagem por achar que não é isso o que mais interessa; diz-nos também que, pelo simples facto de lhe atribuir o nome de Y, já a está a tornar diferente do que ela realmente é. Em relação à personagem em si, é-nos caracterizada fisicamente, na maior parte das vezes; quanto à sua psicologia, normalmente são as suas acções que nos permitem caracterizá-la. É um pouco inibida, a início, devido ao casamento em que se encontra - ficamos a saber inclusivamente que ela e o marido já não praticam relações sexuais há anos -, mas mostra-se, na maior parte das vezes, simpática e é alguém de que passamos a gostar com facilidade.
Posto isto, falemos então da simbologia de Y e Zu. Por várias vezes na obra, o narrador menciona uma personagem do passado - Xô -, com quem ele tivera uma relação no passado. X, Y, Z. Xô representa, então, para o narrador, o passado, Y representa o presente e Zu, a filha da Floripes de 24 anos, poderá representar o futuro, como todos os que leram sabem. Assim, não será muito descabido concluir que talvez tenha sido este o objectivo do autor ao pôr os nomes destas três personagens com aquelas iniciais. Já em relação a estas, temos também a mulher do narrador, que é talvez a única figura que pertence tanto ao passado como ao presente e que continuará a pertencer ao futuro.
A escrita do livro é acessível e fácil de compreender; tem a vantagem de não nos maçar com grandes descrições - não que eu não goste, mas também não sou propriamente apologista de meia página dedicada a descrever um dado lugar ou personagem - e é directa. Gostei particularmente dos diálogos, bem construídos, e que nos mostram como as personagens se relacionam entre si, como neste excerto de uma conversa entre o narrador e a mulher, no capítulo 28:

o“(…) - Nesse caso vou banquetear-me, desculpa lá o sadismo, em qualquer restaurante de Cascais.
- O sadismo está desculpado.
- Não me posso demorar. Já é mais tarde do que supunha.
- E levas essas calças? Não me digas que vais com essas calças…
- O que têm as calças?
- Estão cheias de nódoas.
- Ah!... Não tinha reparado.
- E além disso amarrotadas. Parece que andaste de joelhos a cumprir alguma promessa.
- Enganas-te. Fui…
- Não estou a querer saber aonde é que tu foste.
- Mas eu estou a querer contar-te. Fui dar uma volta. Espairecer até ao campo.
- Acho lindo. Muito bucólico.”
Quanto às descrições, como disse, não abundam, e normalmente dizem respeito ao vestuário das personagens, como esta:
"O mesmo vestido, leve, num vivo tom de verde, não se confunde todavia com o de nenhum dos outros verdes que a rodeiam: antes com todos se harmoniza, como se fosse o verde que ainda ali faltava."


Já quanto à crítica social de que o autor fala naquela frase, ela está presente no livro de forma satírica. É-nos descrito o contexto político da época - uma sociedade pós-25 de Abril -, falando-nos da forma como as pessoas - ou, mais propriamente, o narrador - via aqueles ligados à política, como neste excerto:
"De regresso ao meu caldeirão, mal-humorado, e olhando de novo aqueles oligarcazinhos de meia tigela, que bebiam e comiam de tudo com tão boa boca, avidamente metidos até ao gasganete em negociatas de batatas ou de batotas, em tráficos de terrenos ou de terrores, acudiu-me a conclusão de não ser por acaso que"poder" e"podre", em português, se escrevem fatalmente com as mesmas letras."

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No início, mencionei que a mulher a quem o livro se dirige. A verdade é que "Um Amor Feliz" é um extenso relato dos acontecimentos que preencheram o ano anterior dirigido a uma amiga do narrador - da qual nunca chegamos a saber o nome -, que, também ela mais nova que ele uns vinte anos, com ele cria uma forte empatia nos diversos encontros entre o seu marido e a mulher dele, ambos colegas de profissão. Ela é uma autora de poesia erótica e mantém uma relação romântica com um escritor famoso. Por falar dela, devo então apontar o aspecto que, pessoalmente, menos me agradou no livro: a maior parte das personagens principais é adúltera ou, então, há indícios de adultério. Quanto a vós não sei, mas este é um tema que me faz alguma confusão, retratado no contexto histórico dos nossos tempos, onde, contrariamente ao que se passava há alguns séculos, não há qualquer obrigatoriedade a permanecer num casamento. Contudo, neste aspecto, o livro ganha pontos ao mostrar que pelo menos o narrador não está satisfeito com uma relação clandestina e que espera poder viver com a Y.
Em conclusão, posso dizer que esta foi uma obra da qual gostei muito. Começa muito bem e acaba de forma perfeita, com um final meio em suspenso. Apesar de, lá para o meio, haver algumas partes menos bem conseguidas, li tudo em dois ou três dias. Recomendava este livro por, apesar de ser uma história romântica, nunca ser "lamechas" ou aborrecido. Há sempre algo que nos prende e que nos faz continuar. Um grande romance, sem dúvida.

sábado, março 01, 2008

Sonhos didáticos?

Não é só em Portugal que os alunos já não sabem o que é uma aula. Mas isso, todos sabemos. O que não devem saber é que agora os alunos até se acham no direito de dormir nas aulas. Penso que a ministra devia começar então a ir à Moviflor ver umas caminhas em saldo.
Vou dar-vos um exemplo: um aluno, numa escola americana na cidade de Danbury, no estado de Connecticut, processou a escola por ter sido acordado enquanto dormia na aula. À primeira vista parece absolutamente ridículo (e é) mas a aluna argumenta: como tem problemas auditivos, a pancada que a professora deu na mesa para a acordar causou “danos muito severos no seu tímpano esquerdo”.
Tudo bem que o aluno deve reclamar os danos sofridos... mas não quando a culpa é sua. Dormir nas aulas? Pensava que um aluno deveria estar nas aulas para ir buscar matéria para realizar os testes e ser alguém, no futuro. Mas cada vez mais os alunos pensam que vão às aulas fazer um favor aos pais e aos professores. Será que não percebem que os pais é que lhes estão a fazer um favor em deixá-los ir às aulas? Antigamente, quando a escolaridade não era obrigatória todos queriam frequentá-la, agora que é obrigatória ninguém quer. Lá está a velha história de tirar a papa aos bebés para finalmente eles a quererem comer.
Era fazer-lhes o mesmo.